Buscar no Cruzeiro

Buscar

Bombeiros são acionados após incêndio em área com pás eólicas em Sorocaba

04 de Novembro de 2018 às 20:14

pás Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 19h40. Credito da foto: Cristiano Martines

*Atualizada

A área usada pela Tecsis na primeira fase em que a empresa operou em Sorocaba, até maio de 2017, próxima da avenida Conde Zeppelin, no Éden, foi atingida por incêndio na noite deste domingo (04) que, por pouco, não alcançou as pás eólicas que se encontram ali. O fogo afetou a vegetação em cerca de mil metros e a fumaça poderia ser vista do Éden e da rodovia Senador José Ermírio de Moraes (SP- 75, a Castelinho), conforme moradores do bairro.

Para Eduardo Castro, responsável pela comunicação da empresa, o incêndio foi criminoso e intencional. Castro disse que a investigação está sob sigilo. Ele não comentou se a empresa tem previsão para a retirada das pás do local. Em setembro, Castro lembrou que as pás fazem parte do ativo da Tecsis e que o descarte ou retirada do material do local depende de vários procedimentos. E afirmou que a empresa daria a destinação adequada para os materiais.

Investigação

A Secretaria de Segurança e Defesa Civil (Sesdec), da Prefeitura de Sorocaba, abriu processo administrativo para tratar das questões envolvendo as pás eólicas estocadas naquela área. A situação das pás foi abordada em reportagem do Cruzeiro do Sul, em setembro deste ano, e mobilizou a Câmara de Sorocaba, através da Comissão de Meio Ambiente, e o Ministério Público, que investiga o caso. A Sesdec se encarregou de verificar o caso uma vez que as atividades da empresa não estão sujeitas a licenciamento ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, Parques e Jardins (Sema). A Sesdec verifica a possibilidade de o caso se enquadrar em outra lei municipal. O documento informando a abertura do procedimento responde a pedido de informações do vereador João Donizeti (PSDB), presidente da Comissão de Meio Ambiente. O Executivo foi questionado sobre o andamento do processo, mas não comentou o caso até o fechamento desta matéria.

Um inquérito foi aberto pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) para investigar o caso, sob responsabilidade do promotor Jorge Alberto Marum. De acordo com ele, foram requisitadas informações para a Prefeitura e para a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Até o momento, nenhuma delas respondeu aos questionamentos.

Conforme a reportagem, as pás estão em vários locais da área onde ficava uma das plantas da Tecsis. A estimativa é que restaram nos terrenos quantidades que ultrapassam 1.300 toneladas, considerando os objetos com 13 toneladas cada. Parte dos materiais também está em decomposição. Há ainda um córrego próximo da área onde as pás estão armazenadas.