Balão faz pouso forçado em Boituva e fica preso a fios de alta tensão
Testemunha diz que piloto tentou pousou em pasto, mas vento o levou em direção à rede elétrica. Crédito da foto: Divulgação
Atualizado às 19h10 - Um balão atingiu a rede de alta tensão ao fazer um pouso forçado na manhã deste sábado (7) em uma área de rural de Boituva. Pilotos e passageiros não se feriram mas a linha de transmissão precisou ser desligada para a retirada do equipamento.
A ISA CTEEP, concessionária de transmissão de energia elétrica, enviou uma equipe ao local e precisou desligar uma das linhas de alta tensão para a retirada do balão. A operação contou com auxílio de um guindaste e foi concluída às 16h55. A empresa não informou se houve interrupção temporária do fornecimento de energia.
De acordo com uma testemunha, o balão teria tido uma pane no maçarico e o piloto precisou pousar em um pasto. O vento, no entanto, jogou a aeronave sobre a rede de alta tensão. Apesar do incidente, piloto e passageiro não tiveram ferimentos, informou o Corpo de Bombeiros, que foi acionado para atender a ocorrência. O acidente ocorreu por volta das 6h da manhã, no Recanto Maravilha, bairro próximo ao Aeroporto do Centro Nacional de Paraquedismo.
O balão pertence a uma empresa que realiza passeios em Boituva. A empresa foi procurada, mas não atendeu as ligações e nem respondeu as mensagens enviadas até o fechamento desta edição.
Piloto de balão há 31 anos e com mais de 7 mil horas de voo, Chico Paulo é considerado um dos mais experientes do Brasil e afirma que este tipo de acidente é um dos mais perigosos na prática do balonismo. “Rede de alta tensão é o que o balonista mais tem medo porque pode ser fatal. É preciso ter muito respeito e passar com distância suficiente”.
Ele comenta que as causas do acidente ainda são desconhecidas, mas acredita que a causa mais provável é de falha no equipamento. “O ideal era que [as causas] chegassem ao conhecimento público. A única coisa que acidente traz de positivo é que traz conhecimento pra não acontecer de novo. É importante sabermos não para culpar, mas para evitar e prevenir que outros acidentes não aconteçam”, afirma. (Felipe Shikama)