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Apesar da estiagem, moradores usam água para lavar calçadas

20 de Julho de 2018 às 11:45

Apesar do apelo do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Sorocaba para que os sorocabanos economizem água, na manhã de ontem o Cruzeiro do Sul flagrou moradores lavando a calçada em alguns bairros, em vez de usar a vassoura para a limpeza. A cidade completa hoje 36 dias de estiagem e sem previsão de chuvas significativas para os próximos dias. Para o Saae, a estiagem é preocupante e para evitar o racionamento de água é necessário que os sorocabanos não desperdicem e também economizem, situação que ainda não foi percebida pela autarquia. "As pessoas que ainda não se conscientizaram da situação precisam urgentemente parar de desperdiçar água", aponta o Saae em nota.

Na manhã de ontem, em pelo menos seis pontos da cidade havia pessoas lavando calçadas, como na avenida Pereira da Silva e em rua próxima, a Antônio José Castronovo, ambas no Jardim Santa Rosália. Na avenida, a senhora entrou ao perceber a aproximação da reportagem.

Na Vila Porcel, a água escorria saindo de um cano pela calçada, demonstrando o desperdício de água na rua Nicolau Perrela. Já na Vila Barão, na rua MMDC, outro morador usava a mangueira para lavar a calçada e ao notar o veículo da reportagem, a pessoa também parou de molhar a frente da casa.

Água é lançada na calçada em rua do Jardim Simus - ERICK PINHEIROÁgua é lançada na calçada em rua do Jardim Simus - ERICK PINHEIRO

Outros dois flagrantes ocorreram na alameda dos Heliotrópios, no Jardim Simus, e na rua Domingos Teruz, no Jardim Zulmira. Nenhuma das pessoas flagradas quis falar com a reportagem. Mas o Cruzeiro do Sul também flagrou moradores limpando a calçada com a vassoura, evitando o desperdício de água.

Segundo o Saae, quando uma pessoa lava calçada ou o carro, apesar da existência de algumas variáveis, "pode estimar-se que o desperdício em meia hora seja de quase 600 litros". Para a autarquia, "a população deve colaborar e utilizar vassoura para varrer as calçadas. Caso haja sujeira que exija o uso de água, a água deve ser despejada com balde e não em quantidade maior do que o suficiente para a limpeza, e sempre com o auxílio de vassoura".

Represa do Clemente mantém a captação 

Com a estiagem prolongada, o Saae informou em nota que a região dos bairros Cajuru e Éden é a mais sensível de Sorocaba. Ela depende principalmente do reservamento da represa Castelinho e da represa de transição/captação do Ferraz. Hoje, o nível na represa Castelinho é de 60% da capacidade e na do Ferraz, 30%. O restante da cidade, conforme o Saae, consome água de Itupararanga, captada na represa de transição/captação do Clemente e também na represa Ipaneminha. "Na Ipaneminha, o volume é de 70%, enquanto na represa de transição/captação do Clemente o volume sempre fica em 100% e assim deve permanecer, já que a Votorantim Energia, empresa que administra a represa de Itupararanga, reforça que neste momento não há risco de deixar de destinar para a represa do Clemente a água no volume habitual e previsto em outorga. Diante dessa situação, o Saae-Sorocaba ressalta que neste momento não existe o risco de racionamento", diz a nota.

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