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Aeroporto de Sorocaba poderá ser privatizado

23 de Junho de 2019 às 00:01

Atualmente operam na cidade apenas aviação executiva e táxi aéreo; neste anos foram 11.450 pousos e decolagens. Crédito da foto: Erick Pinheiro (10/6/2019)

Todo o processo de desestatização dos aeroportos estaduais será concluído no primeiro trimestre de 2020. Foi o que informou o governo de São Paulo. Esta programação inclui o aeroporto “Bertram Luiz Leupolz” de Sorocaba. Como parte dos planos de privatização, o Aeroporto de Sorocaba recebeu no início deste mês um grupo de executivos e técnicos da consultoria internacional IOS Partners, encarregada de definir se o modelo de desestatização será o de privatização, concessão ou Parceria Público Privada (PPP). Também participaram técnicos do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), órgão do Estado que atualmente administra o aeroporto.

Segundo nota divulgada pela Secretaria de Transportes e Logística do Estado, o governo, por meio do Daesp, deu início à operação de campo para desestatizar os 21 aeroportos administrados pelo Departamento. Nesse sentido é que equipes da consultoria e do Daesp iniciaram programação de visitas aos aeroportos desde 27 de maio.

Nas visitas são feitas inspeções da estrutura física, sistemas, procedimentos e espaço aéreo. Além disso, são analisadas também as vocações da cidade, com informações sobre o perfil da população e o potencial econômico e turístico da região. A previsão é que os estudos estejam concluídos em 3 ou 4 meses.

Somente a aviação geral (executiva e táxi aéreo) opera no aeroporto de Sorocaba. No acumulado de 2019, foram registrados 11.450 pousos e decolagens. É, portanto, o primeiro no ranking nesta categoria entre os aeroportos da rede administrada pelo Daesp.

Mais cinco fases

Segundo o governo, o plano de desestatização do governo estadual deve aumentar a oferta de voos no interior paulista não apenas entre os municípios do Estado, mas para outras regiões do Brasil. Além de trazer desenvolvimento com a ampliação do turismo, aumento da atividade econômica, geração de emprego e renda.

O governo acrescenta que as visitas são apenas uma parte do estudo que ainda tem mais cinco fases com tarefas de análise de mercado, processos legais, projeções de demanda, estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental, além da interface com investidores, apoio no processo licitatório e promoção dos aeroportos.

Jundiaí gera preocupações

Privatizado há dois anos, o aeroporto de Jundiaí gera notícias de problemas no relacionamento entre a nova concessionária , a VoaSP, e as empresas que operam no local. Por exemplo, segundo as notícias publicadas, a VoaSP instituiu taxa de R$ 0,50 por litro de combustível, o que levou as empresas a abastecerem em outros aeroportos. E a VoaSP também cobra pelo estacionamento de aviões, numa situação em que as empresas já pagam pelos hangares.

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O Cruzeiro do Sul apresentou esse exemplo de conflitos e perguntou se eles podem ocorrer também numa futura privatização do aeroporto de Sorocaba. Esta foi a resposta evasiva: “O objetivo do Daesp com a desestatização é ampliar a capacidade do aeroporto, aumentando a oferta de voos e, consequentemente, criando as condições para o desenvolvimento econômico e social dos municípios. Por isso, acredita-se que, a exemplo do que já acontece em vários aeroportos do Brasil e do mundo, com a chegada de parceiros da iniciativa privada, os aeroportos tenham uma maior oferta de serviços, melhor infraestrutura e um atendimento rápido e eficiente para os passageiros.” (Carlos Araújo)