Paulo César Manoel, de 40 anos, é suspeito pela morte da estudante Rafaela de Campos. Crédito da Foto: Divulgação

A Polícia Civil de Sorocaba informou que o suspeito pelo homicídio da jovem de Votorantim, Rafaela de Campos, de 19 anos, morta após prestar vestibular em Sorocaba e encontrada no rio Sorocaba, próximo à avenida Nogueira Padilha, foi preso na Vila Maria, no final da tarde desta quinta-feira (30), na área do 19º Distrito Policial, em São Paulo, Capital. Após a realização dos procedimentos para formalização da prisão, o homem deverá ser reconduzido até a Penitenciária II, em Aparecidinha, onde cumpria pena.

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De acordo com boletim de ocorrência registrado naquele distrito da capital paulista, Paulo Cesar Manoel foi localizado por policiais militares na rua Curuçá, na Vila Maria, por volta das 17h40, quando estavam em patrulhamento.

Suspeitaram da atitude dele pela morte da estudante e abordaram-no, constatando-se, então, que se tratava de foragido e que Paulo estava indiciado pela Polícia Civil de Sorocaba pela morte de Rafaela no domingo.

Conduzido ao Distrito Policial, o delegado Carlos Alberto Abrantes determinou o recolhimento do detido na cadeia transitória do 72º Distrito Policial, em São Paulo, de onde será transferido para a penitenciária II de Sorocaba.

Procurado

Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (30), na Delegacia de Investigações Gerais (DIG), a Polícia Civil apontou Paulo César Manoel como o suposto responsável pela morte da estudante Rafaela de Campos, de 19 anos, no último domingo (26), em Sorocaba.

Com antecedentes de vários roubos, furtos e estupros, Paulo César cumpria pena na Penitenciária Antonio Souza Neto, no bairro Aparecidinha, em Sorocaba. Antes disso, passou por penitenciárias de Iaras, Presidente Venceslau e CDP Pinheiros da capital. Já havia sido beneficiado com saidinha de Páscoa e no dia do crime cumpria outro benefício como saidinha do Dia das Mães.

O delegado seccional de Polícia, Marcelo Carriel, e a delegada titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Luciane Bachir. Crédito da Foto: Divulgação

O delegado seccional de Polícia, Marcelo Carriel, protestou contra a circunstância do benefício concedido ao investigado e o crime que vitimou a estudante. “Fica difícil desse jeito. Ele praticou roubos, furtos e estupro e estava na rua. O processo penal no Brasil precisa mudar. É revoltante esse tipo de coisa. Ele cometeu (crimes), a polícia investigou, foi sentenciado, condenado, se forem somadas as penas de roubos e estupros são 25 anos de prisão, fora os processos a que ele está respondendo ainda, e ele foi beneficiado com uma saída do Dia das Mães que está há mais de 100 quilômetros de distância. Precisa repensar esse tipo de coisa.”

Segundo Carriel e a delegada titular da Delegacia de Investigações Gerais, Luciane Bachir, Paulo César não voltou da saidinha do Dia das Mães para a penitenciária onde cumpria pena. Eles informaram que o suspeito usava tornozeleira e rompeu o equipamento na manhã de segunda-feira (27), dia seguinte ao crime, e desde então está foragido.

A Polícia o identificou graças ao rastreamento da tornozeleira, com informações cedidas pela Secretaria de Administração Penintenciária (SAP) de São Paulo, e as imagens do videomonitoramento da Guarda Civil Municipal (GCM) de Sorocaba. As imagens mostram o acusado em situação na qual ele conduz a estudante até às margens do rio Sorocaba, segurando-a pelo punho.

A Polícia trabalha com a hipótese de que a intenção do suspeito teria sido a de cometer crime sexual. A estudante teria lutado com ele e, após desfalecer, teria sido atirada por ele ao Rio Sorocaba, onde o corpo dela foi encontrado. (Carlos Araújo)

* Atualizado às 22h24