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Acordo encerra greve dos motoristas de ônibus em Araçariguama

12 de Agosto de 2019 às 09:00

Funcionários após assembleia na garagem da empresa. Foto: Divulgação

A greve dos motoristas de ônibus de Araçariguama, na Região Metropolitana de Sorocaba, foi encerrada na madrugada desta segunda-feira (12). Segundo o Sindicato dos Rodoviários, os trabalhadores aceitaram a proposta de acordo oferecida pela empresa Vertion. Com isso, os transportes urbano e escolar voltaram a operar desde os primeiros horários de hoje.

Conforme a entidade, a empresa se comprometeu "a depositar o salário de todos os trabalhadores a partir das 8h com o pagamento correto das horas-extras, recontratar imediatamente os dois trabalhadores que tinham sido demitidos após a greve realizada em julho e implantar os planos de saúde e odontológico ainda hoje".

Ainda conforme o sindicato, outras questões não contempladas pelo acordo serão discutidas nesta manhã entre os jurídicos da entidade e da empresa. São elas "a regularização do desconto de avarias e peças quebradas, o não pagamento correto do tíquete-refeição do mês de abril, a manutenção de motoristas de micro-ônibus operando ônibus convencional sem adequação de salário e o não fornecimento de uniformes, equipamentos de proteção individual (EPIs) e crachá". "O sindicato dará um prazo para a empresa regularizar essas questões", cita.

O sindicato aponta também que até esta manhã não havia sido notificado pela Justiça do Trabalho e que o acordo firmado hoje não teve participação do poder público. Caso o acordo seja descumprido, ressalta, os trabalhadores podem entrar em greve novamente.

Os trabalhadores em transportes urbano e escolar em Araçariguama entraram em greve no último dia 8 de agosto por falta de pagamento de salário. Na ocasião, um dos sócios da empresa, Allesson Paulino de Lima, informou que estava em negociação com o sindicato para tentar cessar a paralisação. Ele também justificou alguns dos problemas apontados pelo sindicato.

A empresa foi procurada novamente para comentar o fim da greve, mas ninguém atendeu as ligações da reportagem.