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A noite em que a Polícia de Sorocaba perseguiu um óvni

08 de Janeiro de 2019 às 23:43

A luz "estranha" no céu de Sorocaba. Crédito da foto: Pedro Evaldo Moraes / Reprodução / Arquivo JCS (9/1/1979)

A aparição de um objeto voador não identificado na região da Vila Hortência, em Sorocaba, completa quatro décadas. O chamado “caso Mariquinha”, na época, ganhou relevância pois cerca de 20 policiais distribuídos em oito viaturas perseguiram durante toda a madrugada de 8 de janeiro de 1979 as luzes coloridas em movimento no céu da cidade.

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O caso foi denominado Mariquinha pois era no morro homônimo, situado no bairro Barcelona, que os curiosos buscavam enxergar com mais facilidade o objeto voador não identificado. O ponto era um dos mais altos da região e ficava próximo da primeira aparição.

Naquela noite de 8 de janeiro de 1979, a primeira viatura notificada para atender o chamado de um objeto voador não identificado tinha as presenças dos policiais José Pandolfo e Sérgio Costa. A ligação partiu do então estudante Sérgio Pregnolatto, que viu uma luz passando por cima dele e rapidamente acionou a Polícia.

Cerca de mil pessoas foram ao morro da Mariquinha para observar o objeto luminoso. Crédito da foto: Arquivo JCS (11/1/1979)

Os detalhes da perseguição foram publicados na edição de 9 de janeiro de 1979 do jornal Cruzeiro do Sul. À reportagem, Pandolfo e Costa descreveram o que viram no céu de Sorocaba: “Era um objeto redondo em cima e com a base achatada, emitia luzes vermelhas na parte de cima e uma luz que não era nem verde nem azul na parte de baixo. Era alguma coisa muito bonita de se ver, mas que deu um medo muito grande na gente, isso deu. Nós estamos acostumados a enfrentar gente como nós, mas coisas estranhas não.”

Crédito: Peron (12/1/1979)

Durante a perseguição, os policiais também tentaram manter contato com o objeto não identificado. Segundo eles, houve resposta por parte do provável disco voador. “Com o holofote de nossa viatura, nós mandamos sinais de luz, e parece que o objeto respondeu. Suas luzes não se apagaram totalmente, mas dava para perceber que ela diminuíam a intensidade. Quando a gente acendia e apagava o holofote, as luzes do objeto de tornavam foscas e depois aumentavam de intensidade. Quando nós acendemos a luz vermelha da sirene, parece que eles responderam claramente”, disse Costa, logo após a perseguição ao Cruzeiro do Sul.

A perseguição iniciada às 3h15 da madrugada na Vila Hortência teria terminado três horas depois. De acordo com as declarações dos policiais, o dia já estava claro, as estrelas já haviam desaparecido, mas a luz do objetivo ainda podia ser vista.

Pessoas passavam a noite no morro da Mariquinha para tentar enxergar o objeto luminoso. Crédito da foto: Arquivo JCS (10/1/1979)

Blackout

Em 9 de janeiro de 1979, um dia depois da primeira aparição, o objeto voador não identificado foi novamente visto no céu de Sorocaba. Desta vez, ele foi precedido por uma explosão luminosa nas proximidades da represa de Itupararanga e por duas quedas de energia que deixaram a cidade às escuras.

 

Arquivo JCS (13/1/1979)

 

Caso clássico

O integrante do Grupo de Estudos de Pesquisas Ufológicas de Sorocaba, Marco Aurélio Leal, 33 anos, acredita que o "caso da Mariquinha" é o mais clássico de Sorocaba envolvendo objetos voadores não identificados. Segundo ele, em um dia houve a maior vigília já registrada no Brasil para se observar um possível disco-voador. "Cerca de 6 mil pessoas passaram a noite no local", comenta. (Da Redação)

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