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350 quilos de peixes mortos são retirados de lago do Campolim

23 de Dezembro de 2020 às 00:01
Kally Momesso [email protected]

350 quilos de peixes mortos são retirados de lago do Campolim Material descartado fez diminuir a quantidade de oxigênio, causando a mortandade. Crédito da foto: Vinícius Fonseca (14/12/2020)

A Secretaria de Meio Ambiente (Sema) de Sorocaba retirou, ao todo, 350 quilos de peixes do lago do parque Carlos Alberto de Souza, no Campolim, nos dias 14 e 15 de dezembro. A informação foi divulgada ontem (22). Os peixes apareceram mortos após descarte irregular de produto químico no dia 10 deste mês. O despejo do material diminuiu a quantidade de oxigênio na água e causou a mortandade dos peixes.

Após o descarte criminoso, os animais precisaram ir até a superfície do lago para respirar. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) fez o trabalho de sucção do produto químico, porém, os peixes morreram. Eles foram recolhidos por equipes da Sema e do Saae e levados para o aterro sanitário, o local correto para o descarte, informou a secretaria. Foram retiradas espécies como cascudo, carpa e tilápia. Até o momento, não foi registrada mais nenhuma morte.

Sobre o produto químico, a autarquia acredita ser uma mistura de diversos materiais. “As análises realizadas no material que foi despejado irregularmente mostraram uma alta concentração química, com teores acentuados de graxas e óleos”, explicou. O Saae afirmou que as condições do lago já voltaram à normalidade.

A suspeita, conforme o Saae, é de que um caminhão foi utilizado para jogar o material em um bueiro na rodovia Raposo Tavares (SP-270), nas proximidades do Campolim. O caso é investigado pelo Saae e pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). Além disso, o Ministério Público (MP) e a Polícia Civil foram notificados.

Até agora, o responsável pelo despejo não foi identificado. “As imagens de câmeras de segurança que foram cedidas por prédios de apartamentos e comércios existentes nas proximidades do local onde ocorreu o despejo criminoso não identificaram o responsável pelo crime ambiental”. A Secretaria ainda informou que aguarda o envio de imagens do circuito de monitoramento da CCR ViaOeste, concessionária responsável pela administração da via.

De acordo com a Sema, a fiscalização ambiental foi intensificada. Contudo, a pasta ressaltou a importância de que as pessoas denunciem esses casos para identificar e penalizar os responsáveis. A morte dos peixes será um agravante no processo de multa ambiental, quando o responsável pelo ato criminoso for identificado. O caso segue em investigação. (Kally Momesso, programa de estágio. Colaboração Jomar Bellini)