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1º dia do mutirão de ortopedia atende 90 pacientes em Sorocaba

01 de Junho de 2019 às 15:08

As demandas são recebidas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos bairros - Foto: Fábio Rogério (01/06/2019)

Um mutirão de ortopedia atendeu neste sábado (1º) 90 pacientes (de 120 agendados) nessa especialidade na unidade de Pronto-Atendimento do Jardim São Guilherme, zona norte de Sorocaba. O número de atendimentos foi informado por funcionários que deram suporte às consultas feitas por dois médicos ortopedistas. O resultado foi considerado “ótimo” pelos funcionários que, oriundos da Policlínica, deram esse suporte. As consultas começaram às 7h e terminaram perto do meio-dia. O objetivo da rede municipal de Saúde é zerar a demanda de pacientes pelos atendimentos em ortopedia.

Foi o primeiro dia de uma programação total de quatro dias de atendimentos na rede municipal de Saúde em regime de mutirão para pacientes de ortopedia. Os próximos atendimentos estão programados para os dias 8 e 15 de junho também no PA do Jardim São Guilherme. No dia 9 de junho será a vez de consultas para ortopedia infantil, desta vez no PA do Parque Laranjeiras.

As demandas são recebidas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) dos bairros, onde os pacientes passam por avaliação e, na medida em que a conclusão é a de que devem fazer consulta com especialista em ortopedia, recebem guia de encaminhamento para os PAs São Guilherme ou Laranjeiras. Nas origens de pacientes atendidos ontem estavam UBSs de vários bairros, entre eles Jardim Josane, Aparecidinha, Brigadeiro Tobias, Laranjeiras.

Rotina com dores

Entre os pacientes atendidos ontem no PA São Guilherme estavam a aposentada Noêmia Maria de Jesus Silva, de 72 anos, moradora do Jardim Josane; Herbert Tavares da Costa, de 35, e Anita Ribeiro, de 61, ambos de Aparecidinha. Cada um tem uma história de espera e uma rotina de convivência com dores nas articulações, exames, remédios, consultas.

Noêmia começou com tratamento em médico particular, mas os custos ficaram inviáveis com as consultas que variam entre R$ 150,00 e R$ 300,00: “Médico é caro, exame é caro, remédios são muito caros.” E ela recorreu à saúde pública de Saúde em busca de solução para desgastes na articulação dos dois joelhos.

Há três anos, quando trabalhava em sítio, Tavares da Costa caiu de um cavalo, quebrou um fêmur, fez uma cirurgia e aguarda a realização de nova cirurgia para uma readequação de prótese e pino. No momento em que saiu da sala de consulta, ele falou: “O médico vai fazer um encaminhamento para avaliação, vai programar exames.” Ele saiu do PA com a guia de exames a serem feitos e deverá retornar para nova consulta.

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Braços e coluna

Anita sofre dores na coluna e nos braços, na altura dos ombros: “Devido à coluna, quando vou andando em subida, eu não aguento, trava a perna.” Ela fazia fisioterapia no ano passado, em clínica conveniada com a Prefeitura, e neste ano deixou de fazer a fisioterapia porque o serviço que a atendia foi desativado e ainda aguarda a retomada desse tratamento: “Como a gente vive sem fisioterapia?” Após a consulta de ontem, disse que o médico a encaminhou para um especialista em cirurgia: “Vamos ver no que vai dar.”

Sobre o mutirão de atendimento, Anita aprovou a iniciativa e elogiou o médico que fez a consulta: “O médico está de parabéns.” Também sugeriu que poderiam ser realizadas mais consultas em outras especialidades como dermatologia, ginecologia, pediatria, gastroenterologia. Ela integra o Conselho de Saúde do bairro de Aparecidinha e disse que há demanda por atendimentos também nessas áreas de especialidade.

“Mutirão sempre é bom porque está tudo atrasado, fica (o atendimento) em dia”, complementou Noêmia.