Além da dança do ventre, Surah Zakia também é atriz e já participou de uma minissérie de TV. Crédito da foto: Divulgação

Aos 23 anos, a sorocabana Surah Zakia Fakhreddine já conquistou muitas coisas em sua vida, graças à sua beleza e talento. Surah atua como dançarina, chegou a fazer parte do corpo de balé do programa “Domingão do Faustão”, da Rede Globo, é modelo e atriz, já tendo atuado na minissérie “Dois irmãos”, também da Globo.

Surah é neta de libaneses e procura preservar a cultura e os costumes do Oriente. Atualmente, a jovem vem se destacando na internet, ensinando aos seus mais de 17 mil seguidores do Instagram a sensual dança de ventre.

Presença - Você nasceu aonde? Como foi sua infância?

Surah Zakia - Nasci em Sorocaba mesmo, minha infância foi boa. Como cresci em família árabe, sempre tive contato com a cultura libanesa. Fui uma criança bem ativa, fazia várias atividades ao mesmo como dança, música e esportes.

P - Sua descendência árabe vem dos seus pais ou avós?

S.Z. - Dos meu avós, por parte da família da minha mãe.

P - Como a dança do ventre entrou na sua vida?

S.Z. - A dança árabe sempre esteve presente na minha vida desde criança em casa, nas festas e comemorações. Então, com uns 12 anos eu tive vontade de fazer aulas para aprender a técnica, porque na família ninguém dançava profissionalmente. Desde então não parei mais

P - A culinária libanesa é muito rica, qual comida você mais gosta? Sabe cozinhar algo?

S.Z. - Amo muito a culinária libanesa. O meu preferido é um doce chamado namura. Sei fazer algumas coisas, como os patês típicos, o de grão de bico, coalha e babaganuche, o tabule que é uma salada e o falafel que é um bolinho frito de grão de bico

P - Você participou como dançarina no programa “Domingão do Faustão”. Como foi essa experiência?

S.Z. - Foi incrível! Comecei no quadro “Ding dong” e depois fui para o “Show dos famosos”. Uma experiência única e totalmente diferente do que eu já tinha com a dança. Como é um programa ao vivo, no quadro “Ding dong”, muitas vezes acontecia do Faustão pedir alguma música que não tinha sido ensaiada ali ao vivo e aí tínhamos que nos virar nos 30 mesmo! Já no “Show dos famosos” nós tínhamos apenas dois dias para ensaiar um musical. Cada semana era um diferente, isso é bem desafiador e me fez crescer muito como artista. Estar ali perto de tantos profissionais maravilhosos, como coreógrafo, diretor, cantores que faziam a homenagem ao artista escolhido, agregou muito para mim, tive a oportunidade de aprender muito com eles

P - Você também estudou teatro e faz vários trabalhos como atriz, quais você já fez?

S.Z. - Aqui em Sorocaba fiz teatro na Cia. Camarim, do Hamilton Sbrana, e em São Paulo fiz curso na Escola Célia Helena. Participei da minissérie “Dois irmãos”, que teve direção de Luiz Fernando Carvalho e passou na Rede Globo. A minissérie era sobre uma família árabe que havia se mudado para o Brasil. A minha personagem se chamava Zahia, fiz a primeira fase e depois o elenco foi envelhecendo. Participei do curta metragem “Uma canção para silêncio”. Fiz elenco de apoio na novela “As aventuras de Poliana”, do SBT. Também participei de alguns clipes, do kondzilla com Mc Lan “Arebunda”, “Das arábias”, do Costa Gold e “Quem é”, do Michel Luna.

P - Durante a quarentena você tem chamado a atenção nas redes sociais dando aulas de dança do ventre on-line. Como está sendo essa experiência para você?

S.Z. - Começou com as minhas alunas que já eram presenciais. Então, foi uma forma de continuar as aulas e nos manter conectadas e não perder o foco e a motivação. Depois eu pensei como poderia contribuir de uma forma positiva com meus seguidores. Então comecei a fazer algumas aulas abertas para incitantes e também conversas que poderiam agregar para elas que gostam de dançar, que tinham vontade de fazer dança e tiveram a oportunidade de começar agora, mesmo que on-line. E tem sido maravilhoso, a dança faz bem para tudo, para mente, corpo, emocional. E nesse período é o que estamos mais precisando. Tenho sugerido a dança do ventre como forma de cura para todos

P - Quais os maiores benefícios da dança do ventre? Qual que pessoa pode aprender, independente da idade?

S.Z. - A dança do ventre tem vários benefícios. Utilizada como cura, ela pode ajudar no combate da depressão e ansiedade. Os movimentos ondulatórios é como se fizessem uma massagem nos órgãos internos, como útero, amenizando a dor de cólica no período menstrual que quase metade das mulheres sofre. Aumenta a criatividade, a autoestima da mulher, porque ela traz o empoderamento feminino.

P - O que a quarentena esta te ensinado?

S.Z. - Está me ensinando a desacelerar, que a pausa é necessária para que possamos ter momentos mais introspectivos e nos conectar com nosso interior, para nos conhecermos cada vez melhor e isso nunca é demais. Me ensinou que mesmo longe fisicamente, posso estar presente na vida das pessoas que amo e elas na minha, trocar boas energias e dar força um para o outro. Ou seja, estamos todos conectados, o tempo todo