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Presença: Semana Farroupilha

27 de Setembro de 2020 às 00:01
Manuel Garcia [email protected]

Presença: Semana Farroupilha Patricia Montanha e Sara Konzen. Crédito da foto: Vanderley Pedraçoli / Integração Digital / Divulgação

O Centro de Tradições Gaúchas -- CTG Fronteira Aberta de Sorocaba, realizou entre os dias 13 e 20 de setembro sua Semana Farroupilha. Este ano, o evento que conta tradicionalmente com cavalgada da lua cheia, ronda da chama crioula, roda de chimarrão, jogos farroupilhas, baile e almoço gaúcho, foi realizado de forma virtual através das redes sociais da entidade. Reunindo vários depoimentos dos gaúchos que vivem em nossa cidade, no dia 20, uma cerimonia na sede do CTG marcou o encerramento da semana.

A Semana Farroupilha é um momento especial de culto às tradições gaúchas, transcendendo o próprio Movimento Tradicionalista Gaúcho. As comemorações da Revolução Farroupilha -- o mais longo e um dos mais significativos movimento de revolta civil brasileiro, envolvendo em suas lutas os mais diversos segmentos sociais -- relembra a Guerra dos Farrapos contra o Império, de 1835 a 1845. O Marco Inicial ocorreu no amanhecer de 20 de setembro de 1835. Naquele dia, liderando homens armados, Gomes Jardim e Onofre Pires entraram em Porto Alegre pela Ponte da Azenha. A data e o fato ficaram registrados na história dos sul-rio-grandenses como o início da Revolução Farroupilha.

Nesse movimento revolucionário, que teve duração de cerca de dez anos e mostrava como pano de fundo os ideais liberais, federalistas e republicanos, foi proclamada a República Rio-Grandense, instalando-se na cidade de Piratini a sua capital. Acontecendo-se a Revolução Farroupilha, desde o século 17 o Rio Grande do Sul já sediava as disputas entre portugueses e espanhóis.

Para as lideranças locais, o término dessas disputas mereciam, do governo central, o incentivo ao crescimento econômico do sul , como ressarcimemto às gerações de famílias que lutaram e defenderam o País. Além de isso não ocorrer, o governo central passou a cobrar pesadas taxas sobre os produtos do RS. Charque, couros e erva-mate, por exemplo, passaram a ter cobrança de altos impostos.

O charque gaúcho passou a ter elevadas, enquanto o governo dava incentivos para a importação do Uruguai e Argentina. Já o sal, insumo básico para a preparação do charque, passou a ter taxa de importação considerada abusiva, agravando o quadro. Esses fatores, somados, geram a revolta da elite sul-rio-grandense, culminando em 20 de setembro de 1835, com Porto Alegre sendo invadida pelos rebeldes enquanto o presidente da província, Fernando Braga, fugia do Rio Grande.

As comemorações do Movimento Farroupilha, que até 1994 restringiam-se ao ponto facultativo nas repartições públicas estaduais e ao feriado municipal em algumas cidades do interior sulista, ganharam mais um incentivo a partir do ano 1995. Definida pela Constituição Estadual do Rio Grande do Sul, com a data magna do Estado, o dia 20 de setembro passou a ser feriado.

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