Volta às aulas
Preço do material escolar pode variar mais de 300% em Sorocaba
Dica do Procon-SP é, com a lista na mão, pesquisar em vários estabelecimentos e pedir descontos
O preço dos materiais escolares podem variar mais de 300% de uma papelaria para outra. Por isso, os pais precisam fazer a boa e velha pesquisa de preços para economizar na hora de comprar os itens da lista, principalmente quem tem mais de um filho. Numa simples pesquisa pela internet, em sites de lojas que vendem material escolar, a reportagem do Cruzeiro do Sul constatou diferença de preços de até 326,31%.
Foram pesquisados cinco produtos comuns em praticamente todas as listas escolares: caixa de lápis de cor (12 cores), cola branca 110 gramas, papel sulfite A4 (500 folhas), canetinha 12 cores e caderno capa dura (brochura) de 96 folhas.
O produto que apresentou a maior diferença de preços foi o caderno de capa dura (brochura), com 96 folhas. O menor preço encontrado foi de R$ 3,99 e o maior R$ 17,01 -- o que representa uma diferença de R$ 13,02 ou 326,31%.
O produto que apresentou a segunda maior diferença foi a caixa de lápis de cor (12 cores). O menor preço é de R$ 3,10 e o maior, R$ 12,30, o que significa uma diferença de 296,77%.
Em seguida vem a canetinha (12 cores), com 108,47% de diferença de preço. O menor valor é de R$ 5,90 e o maior, R$ 12,30. Depois veio a cola branca (110 gramas), que apresentou diferença de preço de 97,80%. O menor preço foi de R$ 3,64 e o maior R$ 7,20.
Em quinto lugar ficou o papel sulfite A4 (pacote com 500 folhas), que teve diferença de preço de 14,86%, variando de R$ 26,90 a R$ 30,90.
“É importante pesquisar em vários estabelecimentos, a diferença de preço costuma ser grande. Além disso verifique se é possível aproveitar alguns itens do ano anterior, e se possível faça as compras em grupo, o que pode garantir descontos vantajosos”, orienta o Procon-SP.
O órgão de defesa do consumidor também aponta que nem sempre o material mais sofisticado é o de melhor qualidade ou o mais adequado. “Evite comprar materiais com personagens, logotipos e acessórios licenciados, porque geralmente os preços são mais elevados”, reforça.
Outra dica para os pais é que materiais como colas, tintas, pincéis atômicos, fitas adesivas, entre outros, devem conter informações claras, precisas e em língua portuguesa a respeito do fabricante, importador, composição, condições de armazenagem, prazo de validade e se apresentam algum risco ao consumidor.
Estratégias
Os pais que já foram às compras com as listas em mãos, além de disputar espaços nos corredores das papelarias, costumam pesquisar os preços de loja em loja, o que acaba levando mais tempo e comprando o que está mais barato em cada lugar.
A dona de casa Yule Rodrigues, 33 anos, tem a árdua missão de comprar material escolar para três filhos: um adolescente e duas crianças. Ela afirma que pesquisa os preços e comprar onde está mais barato, ou seja, vai em mais de uma papelaria ou loja para comprar os materiais escolares. Ela também reutiliza todos os materiais do ano anterior que ainda estão em condições de uso. “Acredito que vou gastar cerca de R$ 500,00 com as três listas. A gente sempre busca pelo que está mais barato em cada lugar para economizar, é o jeito”, afirma.
A também dona de casa Angélica Alves de Oliveira, de 52 anos, comprava os itens da lista de material escolar da neta de 10 anos, chamada Maria. Ela afirma que espera gastar pelo menos R$ 200,00. “Eu pesquiso na papelaria mesmo e pego o produto que está em promoção. Achei alguns preços acessíveis e com boa qualidade. Não adianta comprar algo muito barato e a qualidade ser ruim”, afirma.
O gerente Alexandre Salvador Segura, da loja Armarinhos Fernando, no Centro de Sorocaba, afirma que espera aumento de 10% nas vendas em 2024 com material escolar. “É umas das melhoras épocas do ano para as vendas. O movimento já está grande, mas deve aumentar ainda mais até o fim deste mês e início de fevereiro”, diz. (Ana Claudia Martins)