Mantendo a tendência de alta do mês anterior, o preço da cesta básica sorocabana apresentou aumento de 2,53% em novembro quando comparado com outubro, passando de R$ 994,12 para R$ 1.019,25, R$ 25,13 pagos a mais pelo consumidor.

Já quando comparado com novembro de 2022, teve uma queda de 2,39%, isto é, R$ 24,97 a menos. Os alimentos que mais contribuíram para a alta no preço da cesta básica sorocabana foram cebola, batata, arroz, ovos e carne de primeira.

Os dados fazem parte da pesquisa mensal dos 34 itens que compõem a cesta básica sorocabana. O levantamento é feito pelo Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas, da Universidade de Sorocaba (Uniso), e foi divulgado nesta quarta-feira (6).

Segundo a pesquisa, os grupos de bens que compõem a cesta apresentaram, em novembro de 2023, as seguintes variações de preço em relação ao mês anterior: alimentação (3,02%), limpeza (0,51%) e higiene pessoal (-0,76%). O produto que mais contribuiu com o aumento deste mês foi a carne de primeira.

Para o economista e professor Marcos Antonio Canhada, coordenador do levantamento, o aumento do preço da cesta básica em novembro foi no mesmo sentido do resultado medido pelo índice de inflação oficial (IPCA-15), que apresentou alta de 0,33%. “Isso significa que os produtos de consumo básico que compõem a cesta básica ficaram mais caros, caminhando no mesmo sentido dos bens e serviços em geral, medidos pelo IPCA-15”, explica. As condições climáticas, como calor e chuvas, afetaram os preços de alguns alimentos.

Os que mais subiram

Conforme a pesquisa, no mês passado, os produtos que tiveram as maiores altas de preços foram: cebola (44,30%), batata (19,15%), arroz (5,86%), ovos (5,71%) e carne de primeira (5,45%). Dos 34 itens, 15 deles apresentaram aumento no preço em novembro de 2023.

O quilo da cebola -- alimento com o maior aumento -- passou de R$ 5,18 para R$ 7,47. Segundo o professor e economista Renato Vaz Garcia, coordenador do Laboratório de Ciências Sociais Aplicadas, o preço da cebola vem sofrendo elevação por questões climáticas. “No Nordeste, altas temperaturas afetam a produção; no Sul, chuvas intensas afetam a produção e a colheita”, disse.

O quilo da batata, segundo item com maior aumento de preço, subiu de R$ 5,46 para R$ 6,51. Conforme a pesquisa, o preço da batata também vem sendo impactado por adversidades relacionadas às questões climáticas nas principais áreas produtoras.

O pacote de cinco quilos do arroz, terceiro item com maior aumento de preço, aumentou de R$ 27,54 para R$ 29,15. “No caso do arroz, o período de entressafra associado à diminuição de exportações por parte da Índia, além das fortes chuvas no Sul do país, estão entre as principais causas da elevação deste importante item da cesta básica”, disse Garcia.

Em quarto lugar ficou o ovo, cuja dúzia subiu de R$ 10,61 para R$ 11,22. E em quinto, o quilo da carne de primeira, que passou de R$ 36,39 para R$ 38,38. “Neste mês permanece a tendência de elevação dos preços da carne de primeira e de segunda, que tiveram quedas expressivas no início do ano e que desde o mês passado apresentam tendência de elevação, podendo ser reflexo de maior demanda por parte dos consumidores nos últimos meses, levando os ofertantes a ajustar perdas anteriores no preço desta proteína, item que tem peso relativo muito importante na composição da cesta básica”, explicou Canhada.

Maiores quedas

Quanto às maiores quedas no mês de novembro em relação a outubro, os destaques são: linguiça fresca (-5,42%), que passou de R$ 24,32 (o quilo) para R$ 23; a água sanitária (-5,16%), passando de R$ 5,97 (2 litros) para R$ 5,66; o macarrão (-4,03%), de R$ 4,14 (500g) para R$ 3,97; e o vinagre (-3,52%), passando de R$ 2,51 (750ml) para R$ 2,42. (Ana Claudia Martins)