Nesta quinta-feira (1º), foi comemorado no Brasil o Dia do Idoso. E o jornal Cruzeiro do Sul publicou reportagens sobre o tema que atinge uma parcela cada vez maior da população: a de cidadãos com idade superior a 60 anos.

Nossos cidadãos mais experientes, ao mesmo tempo que adquirem habilidades na internet e nas redes sociais, têm adquirido o saudável hábito de se manifestar sobre diversos assuntos, principalmente sobre aqueles que prejudicam essa parcela considerável da comunidade.

Pelas correspondências recebidas com frequência por este jornal, por meio de e-mails ou mesmo de cartas, as maiores reclamações desses cidadãos estão relacionadas à poluição sonora.

Uma sequência de reclamações nesse sentido deu origem a uma ampla reportagem sobre as motos barulhentas que cruzam a cidade 24 horas por dia.

Se o movimento de entregadores de comida ou mercadorias já era grande em Sorocaba, ele mais que duplicou nos últimos meses por conta da política de quarentena adotada pelas autoridades devido à pandemia do novo coronavírus.

As pessoas passaram a utilizar cada vez mais de sistemas de compras on-line em que as entregas são feitas por motos.

Açougues, lojas de roupas, restaurantes, farmácias e principalmente lanchonetes encontraram no serviço de entregas uma maneira de sobreviver ao período em que seus estabelecimentos não puderam abrir fisicamente.

Passada a fase mais radical de isolamento social, muita gente se adaptou a esse tipo de compra, tanto pela facilidade que oferece, como pela possibilidade de evitar aglomerações em lojas físicas.

Uma pesquisa realizada ainda no período final da quarentena constatou que as vendas por delivery dobraram no Estado de São Paulo em relação ao ano passado.

O crescimento do serviço refletiu até no aumento de vendas desse tipo de veículo, mas principalmente no aumento da poluição sonora da cidade, visto que muitos motociclistas alteram o sistema original de escapamento de seus veículos, justamente para que façam mais barulho.

A poluição sonora é um dos problemas das cidades grandes e médias, principalmente em decorrência do trânsito. Pessoas acamadas, crianças e principalmente os idosos são afetados por ruídos excessivamente altos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a emissão de ruídos acima de determinado volume, uma ameaça à saúde e um fator que pode prejudicar a qualidade de vida das pessoas.

O ruído excessivo pode causar dores de cabeça, falta de concentração, mal-estar e irritabilidade. Por esses motivos que a poluição sonora -- como a provocada por escapamento abertos de veículos automotores -- é considerado crime ambiental.

Foi também por meio de correspondências enviadas por nossos leitores que o jornal vem sendo informado que nas últimas semanas está ocorrendo uma redução no ruído das motocicletas com escapamento aberto.

Alguns acreditam que é reflexo da política de algumas empresas que orientam entregadores a usarem escapamentos originais, que abafam o ruído dos motores, para não descontentar a freguesia.

Outros, entretanto, atribuem a queda do barulho à fiscalização que vez ou outra é realizada na cidade, em que as multas aplicadas são bastante salgadas.

Nesta quinta-feira (1º), foi realizada uma dessas ações envolvendo a Polícia Rodoviária, a Guarda Civil Municipal e a Secretaria do Meio Ambiente.

As blitze foram realizadas em avenidas movimentadas da cidade como a São Paulo, Comendador Pereira Inácio e Nogueira Padilha e resultou em 15 autuações, sendo que quatro foram por infrações ambientais, no caso por barulho acima do permitido.

A multa, nesse caso, baseada em legislação municipal, é de R$ 2.489,85. Além disso, os policiais rodoviários aplicaram 11 multas baseadas no Código de Trânsito Brasileiro.

Como o assunto poluição sonora desperta bastante interesse, é importante lembrar que a Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade mantém uma pesquisa on-line para identificar quais são as principais vias da cidade onde há a incidência de poluição sonora.

A Sema reforça a importância desse levantamento para poder planejar futuras ações e realizar um trabalho mais efetivo de fiscalização e de educação ambiental na cidade.

Para participar dessa pesquisa o leitor só precisa entrar no site da Prefeitura e acessar um formulário na página da Sema, sem a necessidade de se identificar. É mais uma ferramenta para diminuir a poluição sonora da cidade.