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História de respeito

12 de Junho de 2019 às 00:01

Há 116 anos, quando foi fundado o jornal Cruzeiro do Sul, o Brasil era uma jovem república. O novo regime tinha apenas 14 anos e ensaiava seus primeiros passos depois de 67 anos de regime monárquico, uma exclusividade brasileira no continente. Também tinham passado apenas 15 anos do fim da escravatura, período que foi marcado pela chegada em massa de imigrantes europeus, atraídos para suprir o País de mão de obra tanto nos campos como nas cidades. O Brasil era governado pelo seu quinto presidente, Francisco de Paula Rodrigues Alves, ex-presidente (o equivalente a governador) do Estado de São Paulo que tinha como objetivo implantar no Brasil um regime de austeridade fiscal e modernizar a cidade do Rio de Janeiro, a capital do País. Para realizar o saneamento da cidade, que sofria com constantes epidemias de febre amarela e varíola, foi instituída a obrigatoriedade da vacinação, uma medida impopular que provocou quebra-quebra na capital federal, a chamada Revolta da Vacina. Em São Paulo, o governador Bernardino de Campos, que ocupava o cargo pela segunda vez, combatia a febre amarela no Porto de Santos e implantava um sistema mais eficiente de abastecimento de água na cidade de São Paulo.

Foi nesse ambiente político, de combate a endemias, de expansão do café e chegada de imigrantes, com diferença de alguns dias da fundação da Ford Motor Company, nos Estados Unidos, indústria que revolucionaria o transporte individual no planeta, que dois sorocabanos, os irmãos Joaquim Firmino de Camargo Pires, o Nhô Quim Pires, e João Clímaco fundaram o Cruzeiro do Sul, inicialmente um bissemanário com quatro páginas que seus idealizadores definiam como “uma folha republicana e nada mais”.

O jornal que começava a circular em 1903 noticiou em suas páginas a vertiginosa história de todo o século 20, com suas duas guerras mundiais, suas revoluções e avanços científicos. Registrou a ascensão e queda de governos totalitários como da Alemanha nazista e da União Soviética e a chegada do homem à Lua. Nesse período, registrou a evolução e a mudança da própria tecnologia da comunicação. O Cruzeiro do Sul nasceu antes da chegada da “era do rádio”, antecedeu em quase 50 anos a chegada da televisão no Brasil e toda vertiginosa evolução dos meios de comunicação que veio a seguir. Depois de trocar de donos em duas oportunidades, em 1964 o jornal Cruzeiro do Sul foi adquirido pela recém-criada Fundação Ubaldino do Amaral, graças à iniciativa de 21 membros da Loja Maçônica Perseverança III e a partir daí avançou com passos rápidos na modernização de seu parque gráfico e conteúdo. No início da década de 1970 foi o primeiro jornal do interior do Estado a imprimir pelo sistema off-set, aposentando o velho sistema de impressão “a quente”. No início dos anos 1990, outra ousadia: começou a impressão em cores, uma sofisticação que nem grandes jornais do país ousavam. Sete anos depois, quando a internet ainda engatinhava no Brasil, o Cruzeiro do Sul passou a ter sua versão on-line por meio de portal próprio.

O advento da internet, dos veículos on-line e das redes sociais, se transformou em um divisor de águas nos meios de comunicação, obrigando os veículos, sejam eles eletrônicos ou impressos, a se reinventar, a interagir com o meio digital, criando um novo tipo de comunicação que ainda está em seus primeiros passos. É nesse período de desafios que o Cruzeiro do Sul se firma como o maior jornal do interior do Estado de São Paulo, oferecendo credibilidade a um público fiel e altamente qualificado, formador e multiplicador de opinião em uma das regiões mais prósperas do Estado. Graças à existência de várias plataformas, o jornal atinge públicos distintos. Chega diariamente na sua versão impressa aos milhares de assinantes que preferem o jornal tradicional e que buscam boa informação. Esse público que acompanha a evolução do jornal nas últimas décadas, valoriza essencialmente sua credibilidade e é formado por pessoas que tomam decisões na região. No ambiente digital, tanto através da versão on-line do jornal, como nas redes sociais, o Cruzeiro chega a um público mais jovem, mais ligado à tecnologia, mas que busca informação de qualidade e não quer saber de fake news. Nos últimos 30 dias, por exemplo, a versão on-line do Cruzeiro registrou 2 milhões de acessos, o que resultou em 3,5 milhões de páginas sendo acessadas e lidas. Para atrair e manter esses diferentes públicos, pesa a credibilidade da equipe dos colaboradores do Cruzeiro do Sul, composto por profissionais altamente qualificados e comprometidos com a boa informação. Jornais centenários não são longevos por acaso.