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Foi dada a largada

28 de Agosto de 2018 às 07:46

Estamos a 40 dias das eleições gerais de 2018. Nesse pleito, os brasileiros terão condições de escolher o novo Presidente da República, o futuro governador de seu Estado, dois novos senadores por unidade da Federação e ainda os futuros deputados federais e estaduais. Com praticamente todas as candidaturas definidas -- algumas ainda dependem de aprovação pela Justiça Eleitoral -- desde o último dia 16 os candidatos já podem fazer campanha política, comícios, carreatas e distribuir material gráfico e fazer propaganda na internet. Os debates televisivos entre candidatos ou entrevistas individuais, principalmente dos candidatos a presidente ou governador é que dão impressão de que as campanhas finalmente deslancharam, preenchendo bom espaço do noticiário. No dia 31 de agosto começa a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Pela atual legislação, esse período foi reduzido para apenas 35 dias, e vai até o dia 4 de outubro, três dias antes do primeiro turno.

Os leitores do Cruzeiro do Sul conheceram na edição do último domingo a relação de candidatos locais e de cidades da Região Metropolitana de Sorocaba. Somente em nosso município temos 29 candidatos, sendo 14 candidatos a deputado federal, 15 a deputado estadual e um candidato a senador, que apesar de morar em São Paulo, lançará sua candidatura em Sorocaba. Há vários candidatos também em municípios que fazem parte da RMS, por enquanto são sete pleiteando uma vaga na Câmara e oito disputando uma vaga na Assembleia Legislativa. São candidatos de praticamente todos os partidos compondo um amplo leque ideológico à disposição dos eleitores. São dez candidatos da região que disputam a reeleição, quatro deputados federais, sendo que dois deles já foram prefeitos de seus municípios, e seis deputados estaduais, de partidos diversos. De nada adianta escolher um bom candidato a governador ou presidente sem escolher uma boa Câmara ou uma Assembleia comprometida com os anseios da população. É importantíssimo, portanto, que, ao escolher os candidatos para o Legislativo, os cidadãos analisem com profundidade cada candidato, sua vida pessoal e profissional, suas obras, se têm ficha limpa ou são alvo de ações na Justiça. Somente o município de Sorocaba tem mais de 458 mil eleitores aptos para votar, um peso significativo na escolha dos deputados estaduais e capaz de eleger um bom número de deputados federais.

Votar, por exemplo, em candidatos como Cacareco, Macaco Tião -- como ocorreu em antigas eleições -- como forma de protesto não é uma ideia inteligente, muito menos eleger candidatos sem qualquer compromisso com o desenvolvimento do país -- apenas porque são engraçados -- o que também não leva a nada. Preocupado com esse tipo de voto ou mesmo com o eleitor que tem dificuldades em escolher seus candidatos, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), colocou em seu site (http://www.tse.jus.br/o-tse/escola-judiciaria-eleitoral/publicacoes) um artigo onde dá informações importantes para realizar essa escolha. A primeira dica mostra que o eleitor deve identificar quais valores julga mais importantes e quais valores quer ver seu representante defender. Para saber o que o candidato pensa, o eleitor deve conhecer sua carreira, sua atuação profissional, seu histórico de vida, sua postura ética e sua conduta diante da sociedade. Se o discurso do candidato não condiz com sua atuação em outros momentos da vida, há um bom indício de que possa estar mentindo. É preciso também analisar suas propostas, o partido ao qual está filiado e seus correligionários; e se suas promessas são viáveis. Conhecer quem são seus financiadores é importante, pois pessoas, empresas e grupos que financiam campanhas eleitorais têm interesses que nem sempre são os mesmos da coletividade.

É importante que o eleitor acompanhe noticiário sobre política e candidatos em veículos de comunicação sérios, isentos e com credibilidade. Redes sociais são interessantes para localizar amigos, rever parentes, mas nem sempre são confiáveis em termos de informações políticas. Há uma avalanche de notícias falsas devidamente plantadas justamente para atrapalhar as escolhas dos eleitores. Mais que um dever cívico, escolher bons candidatos é um exercício de cidadania.