Buscar no Cruzeiro

Buscar

Celebremos a democracia

28 de Outubro de 2018 às 07:02

Hoje cada brasileiro vai dirigir-se ao local de votação, não para votar por si mesmo, mas pelo Brasil. Cada voto é, na essência, um ponto que vai desenhar a figura da democracia. E para que esta se sustente há a Constituição Cidadã de 1988, que completa 30 anos com a maturidade de um povo que entendeu que, curvar-se às leis e a ordem é curvar-se à vontade do povo brasileiro.

Se há pontos a corrigir e dar à Constituição temporalidade, resultado da evolução social contínua e mutante em valores e costumes, caberá ao renovado Congresso e aos que chegam ao Executivo em todos os níveis, mas particularmente à Presidência, ser escravo dessa Constituição como já apontou um jurista. A esse escolhido deve ficar claro que o poder que lhe será entregue não é dele, é uma outorga dos reais detentores do poder: o povo.

Caberá ao eleito, no instante seguinte a promulgação do resultado, chamar todas as forças democráticas para um pacto, um acordo pelo País. Inclusive chamar a oposição para governar juntos, em nome do povo e não contra este. Espera-se que qualquer dos lados o vencedor respeite o resultado das urnas falando a seus eleitores sobre a virtude de saber perder pela vontade majoritária, de que há honra na derrota democrática. Deverá juntar-se à grande Nação para celebrar a democracia e dar continuidade as garantias constitucionais.

Hoje, quando sair de sua casa para votar, leve consigo, eleitor, seus valores familiares, religiosos, morais e éticos. Nesse momento do voto não seremos diferentes por profissão, cor, gênero ou classe sociais. Seremos iguais, tão somente iguais, na brasilidade, na esperança e na certeza de tornar nossas vidas melhores. E para que fiquemos melhor, nosso vizinho, amigo, colega têm que estar melhor. Espera-se do eleito a compreensão da responsabilidade com a nação; partidos são veículos para chegar a um lugar. Quem disso se esqueceu pagou preço alto, nesse caso a presidência ou o governo estadual. Depois de eleito é curvar-se aos anseios do povo. Dar e sentir a honra de representar uma Nação. Homens que compreenderam a magnificência dessa honra tornaram-se mais humildes e, possivelmente, alguns, estadistas.

Hoje saia de sua casa levando a paz. Não aceite e nem promova conflitos, acredite na democracia, no seu voto como força de mudança.

O Brasil espera muito de nós. Não será fácil. As questões graves não acabam com o resultado da eleição, elas apenas começam. Cada um de nós é responsável neste momento de escolha pelo futuro do país individual e coletivamente.

Na democracia não há candidatos vencedores ou perdedores. Há uma nação de brasileiros, estes sim vencedores.