O Dia Internacional da Mulher, celebrado anualmente em 8 de março, tem suas raízes em movimentos de luta por melhores condições de trabalho, igualdade de direitos e justiça social para as mulheres. Embora existam diferentes versões sobre sua origem, a data está historicamente ligada a eventos do final do século 19 e início do século 20, período marcado pela intensificação das reivindicações femininas por direitos trabalhistas e civis.

Uma das referências mais citadas sobre a origem do Dia Internacional da Mulher remonta a um protesto ocorrido em 8 de março de 1857, quando operárias de fábricas têxteis de Nova York entraram em greve exigindo melhores condições de trabalho.

O que se sabe com certeza é que, no início do século 20, os movimentos feministas e operários começaram a se organizar de forma mais sistemática. Em 1908, cerca de 15 mil mulheres marcharam pelas ruas de Nova York. Esse movimento impulsionou o debate sobre a necessidade de uma data simbólica para dar visibilidade à luta das mulheres.

O marco inicial para a institucionalização do Dia Internacional da Mulher ocorreu em 1910, em Copenhague, na Dinamarca. A proposta de estabelecer uma data anual dedicada à luta pelos direitos das mulheres foi feita pela alemã Clara Zetkin e recebeu grande apoio. No ano seguinte, o primeiro Dia da Mulher foi celebrado em diversos países, como Alemanha, Áustria, Dinamarca e Suíça.

Em 1917, um evento crucial reforçou a importância da data. Na Rússia, mulheres trabalhadoras foram às ruas em 8 de março para protestar contra as péssimas condições de vida, a fome e a participação do país na Primeira Guerra Mundial. A partir desse momento, a data ganhou ainda mais relevância global.

O Dia Internacional da Mulher foi oficialmente reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, durante o Ano Internacional da Mulher. Desde então, a data se consolidou como um momento de reflexão, celebração das conquistas femininas e renovação da luta contra a desigualdade de gênero, a violência contra as mulheres e outras formas de discriminação.

Atualmente, o 8 de março é celebrado em diversos países com diferentes enfoques, variando de atos políticos e manifestações a homenagens e eventos educativos. No entanto, é essencial lembrar que a data não se trata apenas de comemorações, mas de um chamado à ação para promover a equidade de gênero e garantir direitos fundamentais para todas as mulheres.

O Dia Internacional da Mulher tem uma história marcada por lutas e conquistas, simbolizando a resistência e a força feminina ao longo dos séculos. A data deve ser lembrada não apenas como uma homenagem, mas também como um lembrete da necessidade contínua de lutar por um mundo mais justo e igualitário para todas as mulheres.

No Estado de São Paulo, há várias políticas públicas voltadas às mulheres. Duas frentes chamam a atenção, a questão do emprego e a da segurança. O Estado lidera a contratação de mulheres no País e tem ampliado o mercado de trabalho para as trabalhadoras. De acordo com dados levantados pela Fundação Seade, com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, os três últimos trimestres de 2024 registraram o maior número de mulheres ocupadas em 12 anos, ou seja, desde 2012, quando a pesquisa começou a ser feita no Brasil. Além disso, São Paulo registra o maior número de trabalhadoras entre todas as unidades da Federação.

No 4º trimestre do ano passado, 11,187 milhões de mulheres estavam ocupadas, registrando assim o melhor trimestre para as trabalhadoras desde 2012, no Estado de São Paulo.

No quesito segurança, o Governo de São Paulo investiu na expansão da proteção às mulheres nos últimos dois anos, com quase o dobro de salas de atendimento em delegacias, lançamento de serviço exclusivo para elas no 190 e aplicativo para facilitar registros de ocorrências. As ações contribuíram para o aumento de medidas protetivas de urgência ajuizadas em defesa delas em 41,7% nos últimos 12 meses. O número passou de 98,8 mil em 2023 para mais de 140 mil em 2024.