Editorial
O poder de definir uma eleição
Faz menos de um século que as mulheres conquistaram o direito de votar no Brasil. Mais precisamente, há 92 anos, em 24 de fevereiro de 1932, o voto feminino passou a ser assegurado pela legislação brasileira. A vitória foi conquistada depois de mais de 50 anos de mobilização e luta dos movimentos feministas, que já reivindicavam o direito no final do século XIX, antes mesmo da proclamação da República.
O primeiro país a garantir o direito de voto às mulheres foi a Nova Zelândia, em 1893. O Brasil demorou quase 40 anos para fazer o mesmo, mas o fez antes de países como França, onde o sufrágio feminino só aconteceu em 1944, e Suíça, onde as mulheres esperaram até 1971 para votar.
Hoje, as mulheres representam mais da metade dos brasileiros aptos a votar e têm o poder de definir uma eleição.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou que o Brasil tem 155,9 milhões de eleitoras e eleitores aptos a comparecer às urnas nas eleições municipais de outubro próximo. O Estado de São Paulo, maior colégio eleitoral do País, tem 34.403.609 aptos a votar, o equivalente a 22% do total.
O que chama atenção é que as mulheres formam o maior eleitorado no Estado, o que corresponde a 53% ou 18,22 milhões de mulheres habilitadas a votar em outubro. Os homens são 16,16 milhões, ou seja, 47% do total do eleitorado paulista.
Segundo o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP), 26% do total de mulheres no Estado de São Paulo têm idade entre 45 e 49 anos e 33% declararam ter o ensino médio completo.
O número de eleitores em Sorocaba aumentou 8,56% em maio de 2024 em comparação com o mesmo mês de 2020, quando ocorreu a última eleição municipal. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atualmente, são 527.843 pessoas cadastradas para votar, ante 486.206 há quatro anos; ou seja, houve um acréscimo de 41.637 votantes para as eleições deste ano. No período analisado, houve, também, crescimento da participação de jovens e de idosos no processo democrático.
Em Sorocaba, o número de eleitores aumentou 8,56% em maio de 2024 em comparação com o mesmo mês de 2020, quando ocorreu a última eleição municipal. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atualmente, são 527.843 pessoas cadastradas para votar, ante 486.206 há quatro anos; ou seja, houve um acréscimo de 41.637 votantes para as eleições deste ano. No período analisado, houve, também, crescimento da participação de jovens e de idosos no processo democrático.
De acordo com as informações do TSE, a quantidade de mulheres votantes em Sorocaba saltou de 257.726 em 2020 para 279.758 neste ano, alta de 8,54%. Já o total de homens subiu de 228.478 para 248.082 (8,58%). Mesmo com essas elevações, os porcentuais que o público feminino e masculino representam do eleitorado mantêm-se em 53% e 47%, respectivamente, nos dois anos.
A importância da mulher na política — seja como eleitora ou candidata — é o foco da Comissão Gestora de Política de Gênero mantida pelo Tribunal Superior Eleitoral desde 2019. A página TSE Mulheres, que pode ser visitada por meio do link https://www.justicaeleitoral.jus.br/tse-mulheres/ reúne uma visão geral sobre a atuação das mulheres na política e nas eleições ao longo da história do Brasil. Por meio de diversos dados estatísticos, é possível saber, por exemplo, que, entre 2016 e 2022, o Brasil teve, em média, 52% do eleitorado constituído por mulheres, 33% de candidaturas femininas e 15% de eleitas.
O portal também reúne informações sobre a trajetória das mulheres pelo mundo e pelo Brasil até a conquista do direito ao voto. Uma linha do tempo traz curiosidades acerca das primeiras eleitoras e políticas do País, bem como marcos históricos importantes, como a edição da lei que permitiu o alistamento eleitoral a todas as mulheres. A página ainda serve de fonte para estudantes, pesquisadores e outras cidadãs e cidadãos que buscam referências sobre campanhas feitas pela Justiça Eleitoral e que destacam a importância da participação ativa das mulheres na política.