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Editorial

Filosofia olímpica de vida ensina o jogo limpo

20 de Abril de 2024 às 21:45
Cruzeiro do Sul [email protected]
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A 96 dias do início dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, o Brasil tinha, até 17 de abril, 187 atletas classificados — a maioria mulheres —, em 31 modalidades. É esperado que pelos menos outros 100 atletas brasileiros alcancem o índice olímpico para o megaevento esportivo, que acontecerá entre 26 de julho e 11 de agosto. A meta do chamado Time Brasil é superar o número de medalhas conquistadas em Tóquio-2020, quando os atletas brasileiros ganharam 21 medalhas: sete de ouro, seis de prata e oito de bronze.

Na quarta-feira passada, dia 17, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) escolheu seis ex-atletas medalhistas olímpicos que irão atuar como Embaixadores Olímpicos do COB em Paris 2024. São eles: Virna, Mauricio Lima, Thiago Camilo, Vanderlei Cordeiro, Janeth Arcain e Natalia Falavigna, todos nomes consagrados do esporte olímpico nacional, que voltaram a compor o Time Brasil.

Uma das missões dos embaixadores é inspirar novas gerações de atletas por meio da troca de experiências com grandes nomes do esporte, pois é importante que o Time Brasil que vai a Paris tenha referências positivas e vencedoras para que possam dar continuidade a suas carreiras. Os Embaixadores Olímpicos do COB se dividirão em dois grupos que acompanharão o período completo dos Jogos. Em Paris, estarão no dia a dia dos atletas na Casa Brasil e nas instalações do comitê em Saint-Ouen.

Os primeiros Jogos Olímpicos da Antiguidade aconteceram em Olímpia, na Grécia, no ano de 776 a.C. Na época, o evento tinha o objetivo de cultuar os deuses do Olimpo por meio da valorização das aptidões de cada atleta. Tamanha era a importância da competição que os helenos obedeciam ao armistício sagrado: no período olímpico, eles abandonavam suas disputas e se dedicavam a atividades pacíficas.

Já os Jogos Olímpicos da Era Moderna começaram a ser disputados em 1896. A primeira edição aconteceu em Atenas, na Grécia, com a participação de cerca de 241 atletas. A primeira vez que o Brasil esteve presente na competição foi em 1920, participando de todas as edições desde então, com exceção de 1928.

Ao longo de 23 edições de Jogos Olímpicos de Verão, o Brasil conquistou um total de 150 medalhas, sendo 37 de ouro, 42 de prata e 71 de bronze. Já nas Olimpíadas de Inverno, o país participou de nove edições, porém não subiu ao pódio em nenhuma ocasião.

Esses números tornam o Brasil o melhor país sul-americano na história dos Jogos Olímpicos e o quarto maior ganhador das Américas, atrás apenas de Estados Unidos, Canadá e Cuba, respectivamente.

Segundo o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), há uma missão maior em torno desse movimento. O objetivo é contribuir na construção de um mundo melhor, sem qualquer tipo de discriminação, e assegurar a prática esportiva como um direito de todos. A educação, a integração cultural e a busca pela excelência através do esporte são ideais a serem alcançados. Para garantia do sucesso dessa missão há de se manter acesa — além da chama olímpica — a filosofia olímpica de vida, conhecida como Olimpismo. Herdada dos Jogos Olímpicos da Grécia Antiga, a filosofia utiliza o esporte como instrumento para a promoção da paz, da união e do respeito por regras e adversários. O Olimpismo tem como princípios a amizade, a compreensão mútua, a igualdade, a solidariedade e o jogo limpo. A ideia é que a prática desses valores ultrapasse as fronteiras das arenas esportivas e influencie a vida de todos.