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Editorial

Integração é o melhor para todos

16 de Abril de 2024 às 22:00
Cruzeiro do Sul [email protected]
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O Brasil tem vários agrupamentos de municípios com forte integração entre as suas populações, ou seja, com grande número de pessoas que se deslocam dentro dessas áreas para trabalhar e estudar, principalmente. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 50% da população brasileira residem nos chamados arranjos populacionais.

Essa concentração de pessoas fez surgir as chamadas regiões metropolitanas, que podem ser definidas como uma área em que muitos municípios se interligam física, política, cultural e economicamente. Mas, para que essa união realmente se consolide, é necessário que haja uma interação entre os municípios. A Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) foi institucionalizada em 8 de maio de 2014 pela Lei Complementar Estadual nº 1.241. É composta por 27 municípios, agrupados em três sub-regiões:

A sub-região 1 é formada por Alambari, Boituva, Capela do Alto, Cerquilho, Cesário Lange, Jumirim, Sarapuí, Tatuí, Tietê e Itapetininga. A sub-região 2 reúne Alumínio, Araçariguama, Ibiúna, Itu, Mairinque, Porto Feliz, Salto e São Roque e, a sub-região 3, envolve Araçoiaba da Serra, Iperó, Piedade, Pilar do Sul, Salto de Pirapora, São Miguel Arcanjo, Sorocaba, Tapiraí e Votorantim. Juntos, os municípios são responsáveis por cerca de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) paulista, já que se destaca, em âmbito nacional, por intensa e diversificada atividade econômica, caracterizada por produção industrial altamente desenvolvida, com predominância dos setores metal-mecânico, eletroeletrônico, têxtil e agronegócio. É a maior produtora agrícola entre as regiões metropolitanas do Estado de São Paulo. Tem papel relevante na produção estadual de minérios, como cimento, calcário, rocha ornamental, pedra brita e argila, entre outros.

A RMS está estrategicamente situada entre duas importantes regiões metropolitanas do País — São Paulo e Curitiba —, além de manter limite territorial e processo de conurbação com a Região Metropolitana de Campinas. Doze de seus municípios estão localizados no eixo das rodovias Castello Branco e/ou Raposo Tavares.

Trata-se de uma região importante — no amplo sentido da palavra — na produção de riqueza. Mas, 10 anos após a sua criação, falta à Região Metropolitana de Sorocaba intensificar a integração, movimento que tornará os 27 municípios ainda mais forte no ambiente político, onde as decisões são tomadas e as demandas resolvidas, pelo menos é isso o que se espera.

A integração entre os municípios da RMS foi tema da 34ª Reunião da Agência Metropolitana de Sorocaba (Agem) na segunda-feira (15). O encontro reuniu membros e representantes do poder público das 27 cidades e do Estado.

Essa discussão é necessária para a busca de soluções comuns aos moradores da RMS. Um dos pontos do debate envolveu a Muralha Paulista — ferramenta que aumenta a sensação de segurança pública com a ajuda da tecnologia. A ideia que as 27 cidades integrem aos seus respectivos sistemas de videomonitoramento no combate ao crime.

Outro ponto discutido foi o fato da RMS mais importar do que exportar. Segundo dados do Centro das Indústria do Estados de São Paulo (Ciesp), no período de 2019 a 2023, a região exportou US$ 12,2 bilhões (R$ 64,45 bilhões), em contrapartida, importou US$ 19,4 bilhões (R$ 102,48 bilhões), um saldo negativo de US$ 7,2 bilhões

(R$ 38,03 bilhões). Para reverter essa situação — ou pelo menos buscar o equilíbrio — a proposta é que os municípios façam uma análise de suas forças e fraquezas, para que juntos, possam se complementar na cadeia produtiva e aumentar o número de exportações.

Presente a reunião, o subsecretário estadual de Desenvolvimento Urbano, José Police Neto, apresentou a proposta da criação de Escritórios Técnicos de Projetos Metropolitanos Estratégicos, para o desenvolvimento de soluções dentro de um ambiente de desenvolvimento.