Editorial
2024, um ano cheio de emoção
A polarização entre as ideologias políticas vai permanecer em evidência
O ano de 2024 promete ser agitado. O mundo vai assistir, de camarote, mais uma edição dos Jogos Olímpicos. A sede da disputa, desta vez, será Paris. Vai ter também Copa América, Eurocopa e, pela primeira vez na história, o Brasil vai receber uma partida de futebol americano da milionária NFL. Os mais diversos shows de música e festivais também prometem agitar os palcos do País. Os nomes das atrações são anunciados quase que diariamente e tem novidade para todos os gostos.
Mas não é só de distração que vive o Brasil. Ano que vem a população vai voltar às urnas para escolher os prefeitos dos 5.568 municípios. Mais de 58 mil vagas para as Câmaras Municipais também estarão em disputa e é preciso se preparar bem para escolher os políticos que governam a população mais de perto.
O município é a nossa casa. É aqui que tudo acontece. Então precisamos saber quais são os problemas da comunidade para decidir em quem votar. O raciocínio vale para prefeitos e vereadores. Todos os eleitos devem estar em sintonia com os anseios da sociedade.
A Região Metropolitana de Sorocaba abrange 27 municípios. Na grande maioria deles, 19, os atuais prefeitos terão o direito de tentar a reeleição. Nos outros 8, a população vai ter que encontrar um nome novo para assumir o posto de mandatário municipal.
A polarização entre as ideologias políticas vai permanecer em evidência em 2024. O que muda é o número de partidos envolvidos e as coligações que serão formuladas. A mistura promete ser grande. Cada partido vai procurar o candidato a prefeito que mais se assemelhe aos seus princípios. Só que uma mesma legenda pode se aliar a alguém de perfil conservador numa cidade e a outro de perfil progressista no município vizinho. Vai ser necessária muita atenção por parte do eleitor na hora de fazer a sua escolha.
As disputas políticas não vão se concentrar apenas no Brasil. Cerca de metade da população mundial deve passar por eleições em 2024. Por volta de 30 países vão eleger um novo presidente. As eleições legislativas devem movimentar 20 nações.
As eleições vão ocorrer num planeta ainda bastante conturbado pelos conflitos entre Rússia e Ucrânia e a guerra entre os terroristas do Hamas e Israel. Alguns pleitos prometem mexer com a geografia mundial. Nos Estados Unidos, por exemplo, o republicano Donald Trump, de 77 anos, deve tentar recuperar a Casa Branca perdida para o democrata Joe Biden, de 81 anos, nas eleições de 2020. O vencedor dessa batalha, marcada para 5 de novembro, terá o poder de modificar a ordem mundial.
Trump, que lidera várias pesquisas de intenção de voto, ainda precisa se livrar de algumas pendências judiciais. Alguns estados norte-americanos têm impedido a participação dele nas primárias. O motivo seria a possível participação do ex-presidente na invasão do Capitólio, em janeiro de 2021. O caso, com certeza, vai parar na Suprema Corte, de maioria conservadora. O resultado dessa questão jurídica pode determinar o futuro das eleições nos Estados Unidos.
Biden também tem seus problemas com a lei. O Congresso aprovou, em 14 de dezembro, a abertura de um processo de destituição dele, motivado pelos negócios controversos de seu filho, Hunter, no exterior. A investigação tem pouca chance de prosperar, mas pode ser suficiente para manchar o nome do político democrata.
A Rússia, mesmo em guerra, vai ter eleições. O presidente Vladimir Putin anunciou que será candidato à reeleição no pleito de março. Ele está à frente do país há 23 anos, e chegou a modificar a Constituição para poder permanecer mais tempo no poder.
Tem ainda eleição no México, onde duas mulheres estão na disputa, e na Venezuela, onde as medidas do ditador Nicolás Maduro impedem que a escolha popular seja livre e independente. A principal candidata da oposição foi retirada da disputa. Na Europa, mais de 400 milhões de eleitores de 27 países vão eleger, no começo de junho, 720 deputados para o Parlamento Europeu, um órgão de suma importância para garantir a união do continente.
Como se pode notar, emoção não vai faltar em 2024. O importante é estar bem informado para escolher bem e não se arrepender no futuro. O primeiro passo para essa revolução silenciosa é conhecer os candidatos a prefeito e vereador. Daí é só depositar o voto na urna e cobrar as promessas dos vitoriosos.