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Editorial

Em busca de equilíbrio

A administração municipal precisa seguir o bom caminho, mantendo o que está certo e corrigindo as falhas apontadas pelos pesquisadores

19 de Junho de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Prefeitura de Sorocaba
Prefeitura de Sorocaba (Crédito: Divulgação/Secom)

Sorocaba tem recebido, nos últimos tempos, uma série de boas notícias tanto no campo econômico como na geração de postos de trabalho e também na área de sustentabilidade. É claro que nem tudo é um mar de rosas. A queda na arrecadação de alguns impostos, principalmente o ICMS, tem prejudicado algumas obras e dificultado a execução do orçamento municipal. A hora agora é de apertar o cinto até que a situação volte a melhorar.

Enquanto isso não ocorre, é importante comemorar alguns bons resultados. Sorocaba foi destaque, na sexta-feira (16), ao se sagrar campeã nacional do “Prêmio Cidades Sustentáveis 2023”, no Eixo Econômico, entre as cidades brasileiras com mais de 500 mil habitantes.

O projeto que garantiu o título versava sobre a geração de postos de trabalho por meio do programa “Mutirão de Empregos”, da Secretaria de Relações de Trabalho e Qualificação Profissional. Ao todo, participaram do certame 70 cidades brasileiras de diferentes portes, com 140 projetos inscritos.

A iniciativa leva em conta os indicadores de órgãos oficiais, como o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego.

Essa foi a 4ª edição do Prêmio Cidades Sustentáveis. A premiação é considerada uma das mais importantes e desejadas pelas cidades, pois faz parte das “Boas Práticas” do Programa Cidades Sustentáveis, e os municípios contemplados servem de exemplo e inspiração de políticas públicas no Brasil e no mundo.

Mudando de campo, Sorocaba passou a ocupar a 13ª posição no tópico “Riqueza” do Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS). A cidade tem ganho destaque constante no cenário econômico estadual e nacional.

O município obteve resultados positivos nos principais índices econômicos de uma análise feita pelo Núcleo de Estudos das Cidades (NEC), formado por professores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Faculdade de Tecnologia de São Paulo (Fatec-SP).

O trabalho deu origem a um ranking com base na avaliação do nível de desenvolvimento dos 41 municípios paulistas de maior porte, todos com mais de 200 mil habitantes.

Como mostrou reportagem publicada pelo jornal Cruzeiro do Sul, no domingo, 18, Sorocaba teve a maior nota no item “Meio Ambiente” (5º lugar), seguido de “Finanças Públicas” (9º), “Receita Per Capita” (10º), “Produto Interno Bruto” (11º), “Educação” (12º) e “Economia, Segurança Pública e Riqueza” na 13º posição.

Só que a cidade não tem motivo só para comemorar. Alguns índices, como Saúde, ocuparam posições preocupantes. Sorocaba ficou no 36º lugar, num relatório que avaliou 41 cidades. Um fator que prejudicou a colocação da cidade foi a taxa de mortalidade infantil apontada pelo estudo. A cidade recebeu nota de 4,40 e uma taxa de 10,85 mortes para cada mil nascidos vivos. O cálculo foi feito com base nos dados dos anos 2019, 2020 e 2021.

Outro item que atrapalhou a nota global de Sorocaba foi a Mobilidade Urbana. A cidade tem sérios problemas em sua rodoviária, considerada bastante antiquada. Nem as reformas realizadas num passado recente foram suficientes para melhorar a forma como ela é percebida pelos usuários.

Diante desse quadro, a prefeitura lembrou que um novo prédio, bastante moderno, será construído ao lado do Hospital Regional Adib Jatene e que, muito em breve, a cidade vai viver uma nova situação.

Os bons resultados conquistados na área econômica se referem a parâmetros como produto interno bruto (PIB), renda per capita, valor médio do salário formal e porcentagem da população ocupada.

Sorocaba obteve a maior nota (8,40) no quesito Produto Interno Bruto (per capita), cujo valor é R$ 53.483,43. O valor é uma média dos anos de 2018, 2019 e 2020. A mesma nota foi obtida no quesito Receita Per Capita, cujo valor médio é de R$ 4.684,89, considerando os anos de 2019, 2020 e 2021. Neste tópico, o município ficou em 10º lugar.

Como se pode notar, há muito o que comemorar, mas há também muita coisa a ser feita. A administração municipal precisa seguir o bom caminho, mantendo o que está certo e corrigindo as falhas apontadas pelos pesquisadores. A saúde merece atenção especial, visto que é um dos pontos mais sensíveis e que mais afetam a população como um todo.