Avanços sociais
Número de brasileiros em extrema pobreza cai ao menor patamar da história
Os últimos meses do governo Bolsonaro têm sido recheados de avanços econômicos e sociais
O governo do presidente Jair Bolsonaro acaba de receber uma ótima notícia. A extrema pobreza no País caiu para o menor patamar desde que se iniciou a série histórica, em 1980. Os dados são do Banco Mundial, livres, portanto, de qualquer interferência política brasileira ou mesmo de maquiagem de dados.
Os últimos meses do governo Bolsonaro têm sido assim, recheados de avanços econômicos e sociais. As projeções de crescimento melhoram a cada boletim divulgado pelo Banco Central, a inflação está em baixa, houve enorme redução no desemprego e o Brasil é uma das nações que melhor está enfrentando o período pós-pandemia. A competência do ministro da Economia, Paulo Guedes, é reconhecida no mundo todo. O problema é que esse cenário deve mudar na virada do ano.
Até agora não se sabe quem vai comandar a política econômica no governo recém-eleito, nem quais são as prioridades e como serão alcançadas. O que se sabe, no momento, é a disposição do grupo que cuida da transição em pedir que o Congresso libere um cheque em branco de cerca de R$ 200 bilhões. Dinheiro este que não seria computado no teto de gastos do Governo Federal. E essa é só a ponta de um iceberg que nem sabemos que tamanho tem.
Voltando à queda na pobreza e a eficácia de ações de combate à miséria, o relatório do Banco Mundial aponta uma grande melhora nos nossos índices. O número de brasileiros vivendo em extrema pobreza, segundo o levantamento, caiu de 11,37 milhões para 4,14 milhões. Esse dado compreende os anos de 2019 e 2020, já durante a administração Bolsonaro. As pessoas que viviam nesta situação eram 5,4% da população em 2019, caindo para 1,9% em 2020, o que corresponde a uma redução de 3,5 pontos percentuais.
O Banco Mundial considera em extrema pobreza as pessoas que recebem até US$ 2,15 por dia. Entre os principais fatores para a queda nos números está a criação do Auxílio Emergencial, benefício concedido durante a pandemia da Covid-19.
Entre os anos de 2016 a 2020, o Brasil também foi o país da América Latina que mais reduziu a extrema pobreza, caindo de 4,7% para 1,9% o porcentual de pessoas que vivem com menos de US$ 2,15 por dia.
O Paraguai vem em segundo, passando de 1% para 0,8% -- uma queda de 0,2 ponto percentual. Atualmente, a maior taxa de extrema pobreza no continente é a da Colômbia, com 10,8%, seguido por Peru (5,8%) e Bolívia (3,1%).
O relatório do Banco Mundial que mostra que 7,2 milhões de pessoas saíram da extrema pobreza no Brasil contrasta, e muito, com a opinião de algumas organizações e universidades que passaram anos apresentando resultados, no mínimo, duvidosos sobre o País.
Um levantamento realizado no mês passado pelo FGV Social, por exemplo, avaliou que o Brasil terminou 2021 com o recorde histórico de 62,9 milhões de brasileiros abaixo da linha da pobreza. Um número muito, mas muito diferente dos apresentados pelo Banco Mundial. O diretor desse Instituto, Marcelo Nery, chegou a sugerir que o País vivia um cenário preocupante.
Resta saber, agora, quem tem razão. O Banco Mundial, que monitora a pobreza em todo o planeta e utiliza uma régua só ou uma instituição que muitas vezes analisa a situação mais preocupada com a ideologia do que com a razão. Claro que há atenuantes, os parâmetros de cada uma das instituições podem ser diferentes, mas um bom cientista social e político deve saber apresentar os estudos, de forma confiável, comparando maçãs com maçãs e bananas com bananas.
Nessa discussão toda só há uma certeza. O Auxílio Emergencial de R$ 600 fornecido pelo governo Bolsonaro durante a pandemia e depois transformado em Auxílio Brasil teve papel fundamental na composição da renda dos mais pobres. Esse mérito ninguém vai poder tirar do atual presidente.