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Valor do voto

Reforço na segurança das eleições

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, autorizou o envio de tropas da Força Federal para reforçar a segurança

20 de Setembro de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: Fábio Rogério (22/10/2018))

Estamos a doze dias do primeiro turno das eleições. A polarização entre os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente Lula (PT) está cada vez mais acentuada. O resultado das eleições é uma grande incógnita. Existe, inclusive, a chance do pleito ser decidido ainda no primeiro turno, um fato inédito neste século.

Pelas pesquisas eleitorais divulgadas recentemente, a chance disso ocorrer ainda é remota, mas o otimismo dos dois lados da disputa é grande. Além disso, tem se registrado também um pequeno crescimento das candidaturas de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) que ajudaria a empurrar a decisão das eleições para o segundo turno.

Diante desse quadro, de eleição acirrada e de resultado apertado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem ampliado o sistema de segurança no dia da votação e da apuração. Contrariando os técnicos do TSE, o presidente do Tribunal, ministro Alexandre de Moraes, concordou que as Forças Armadas adotem um modelo mais elaborado de checagem das urnas eletrônicas. Os testes serão feitos em tempo real e em condições reais de funcionamento, tudo para garantir que o processo seja o mais transparente possível.

Outra medida adotada foi a parceria com o Tribunal de Contas da União (TCU) para auditar e conferir a integridade dos boletins impressos emitidos por uma amostra de 4.161 urnas após a votação, em 2 de outubro.

Em nota, o TCU afirmou não se tratar de uma “apuração paralela”, sendo a conferência dos boletins mais uma etapa na auditoria geral das eleições que é realizada pelo órgão.

O boletim de urna funciona como um relatório impresso de todos os votos que foram inseridos pelos eleitores em cada um dos equipamentos. Ao final da votação, esse boletim é impresso pela Justiça Eleitoral e fica à disposição dos partidos, dos candidatos e dos eleitores para possível conferência.

Por meio desse boletim de urna, é possível confirmar quantos votos recebeu cada candidato, partido ou coligação em cada sessão eleitoral. Todos esses boletins impressos devem totalizar o mesmo número de votos apurados pelo sistema de computadores do TSE. Isso vale para todos os cargos em disputa.

As próprias Forças Armadas, por exemplo, já se prontificaram a fazer a verificação manual dos boletins de uma grande amostra das cerca de 500 mil urnas que serão utilizadas nas eleições.

No quesito segurança no dia da votação, várias medidas também foram adotadas. O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, autorizou o envio de tropas da Força Federal para reforçar a segurança em 561 localidades de 11 Estados durante o primeiro turno. O Rio de Janeiro, com 167 municípios, e o Maranhão, com 97, serão os Estados que mais receberão efetivos. Também serão enviadas forças de segurança para o Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Piauí e Tocantins.

O TSE informou que os pedidos aprovados vão ser encaminhados ao Ministério da Defesa, órgão responsável pelo planejamento e execução das ações empreendidas pelas Forças Armadas.

Enquanto o dia de votação não chega, é importante se preparar para escolher bem seus candidatos. A eleição não se concentra apenas nos cargos executivos. Eleger bons deputados e senadores também é de suma relevância. São os parlamentares que vão, efetivamente, organizar as leis do País e determinar os rumos da Nação. Sem um Congresso Nacional alinhado com os anseios da sociedade, o risco de leis esdrúxulas serem implementadas é maior.

É vital, também, entender a importância de votar. Não deixe que outro escolha por você o destino do Brasil. Afaste a preguiça, a comodidade e vá até seu colégio eleitoral, no dia 2 de outubro, para fazer valer sua opinião, sua vontade, seus valores morais e familiares. Só assim, com muita representatividade, podemos garantir que a democracia funcione plenamente em todo o País.