À sombra!
O pior da pandemia já passou
Essa triste página de nossa história começa a chegar ao fim

A notícia de que a pandemia da Covid-19 está prestes a acabar trouxe alívio, para muita gente, nesta quarta-feira (14). A afirmação foi feita pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus.
A avaliação da OMS confirma os dados divulgados pela Secretaria de Saúde de Sorocaba. A cidade está praticamente há um mês sem registrar óbitos em decorrência da doença. Este é o maior período sem mortes por Covid-19 desde o início da crise sanitária, de acordo com o levantamento feito pela reportagem do jornal Cruzeiro do Sul. O número de novos diagnósticos da doença também caiu significativamente. E as UTIs dedicadas a pacientes com a doença estão praticamente vazias.
Para se chegar nessa situação foi necessário muito trabalho e dedicação de médicos, enfermeiros e de todos os profissionais ligados à área da saúde. Foram meses de luta com o objetivo de salvar vidas, recuperar os doentes mais graves das sequelas deixadas pelo novo coronavírus, confortar as famílias que tiveram perdas e vacinar, em massa, a população. Mesmo com todo esse esforço, 3.191 óbitos foram registrados desde o início da pandemia.
Essa triste página da nossa história começa a chegar ao fim. A redução nos contágios e mortes permitiu que a vida voltasse ao normal. As máscaras estão liberadas até nos transportes públicos, há vacinas de reforço para todos os interessados e, mantidos os cuidados de higiene, fica cada vez mais difícil se contaminar com o vírus.
A situação vivida em Sorocaba, se repete também em outros municípios do Brasil e em outros países do mundo. Como disse, ontem, o diretor-geral da OMS, o mundo nunca esteve em melhor posição para encerrar a pandemia de Covid-19. “Ainda não chegamos lá, mas o fim está à vista”, destacou, ao lembrar que, na semana passada, o número de mortes reportadas pela doença foi o menor desde março de 2020.
“Já conseguimos ver a linha de chegada. Estamos em posição de vencer. Mas agora é o pior momento para se parar de correr. É o momento de correr mais rápido, de garantir que cruzaremos a linha de chegada e colheremos os frutos de todo o nosso trabalho árduo”, avaliou Tedros Adhanom.
Apesar desse cenário otimista, o diretor-geral da OMS fez um alerta: caso o mundo desperdice essa oportunidade, corremos sério risco do surgimento de novas variantes e de mais mortes. “Então, vamos aproveitar a oportunidade”, completou.
No mundo todo, o número de novos casos, registrados semanalmente, diminuiu em cerca de 28%. Já o número de mortes caiu 22%. De acordo com os dados mais recentes da OMS, até 11 de setembro, mais de 6,4 milhões de mortes foram relatados globalmente desde o início da pandemia.
Passada a fase aguda da Covid-19, a economia brasileira começou a se reestruturar. A indústria dá sinais de recuperação, o mesmo acontece com o setor de comércio e de serviços. O brasileiro voltou a ter vontade de sair e de se relacionar em sociedade.
A ideia é tirar o atraso do que ficou para trás em dois anos de reclusão, de “fique em casa” e de muito medo. Aos poucos o setor de festas e de entretenimento vai se recuperando. Para algumas datas já há filas e a falta de profissionais disponíveis começa a preocupar alguns empreendedores.
O turismo é outro setor em franco reaquecimento. O Brasil nunca recebeu tantos voos estrangeiros como em agosto e a expectativa da Embratur é que até o fim do ano a malha aérea brasileira retome os 100% de capacidade. São muitas boas notícias juntas depois de um período de terror e de incertezas.
A Covid-19 deixou sérias cicatrizes na sociedade. A pandemia jamais será esquecida e vai ficar para a história como um dos piores momentos vividos pelo mundo no século XXI. Mas a hora é de avançar, de se recuperar e de voltar a viver. Só assim estaremos homenageando todos aqueles que ficaram pelo caminho para garantir a nossa sobrevivência.