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Bicentenário

O Brasil é gigante

A hora é de recuperar a alegria e a disposição para lutar por um país cada vez melhor

07 de Setembro de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Desfile para comemorar o Dia da Independência
Desfile para comemorar o Dia da Independência (Crédito: Fábio Rogério (7/9/2019))

Nesta quarta-feira, dia 7 de setembro, comemora-se o Bicentenário da Independência. Milhares de pessoas são esperadas nas ruas das principais capitais para festejar a data. Vestidos de verde-amarelo, os brasileiros querem deixar claro o desejo de um país democrático, com as liberdades individuais garantidas e com o direito de manifestar-se livremente em praça pública e nas redes sociais.

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta terça-feira (6), que acredita que os atos de Sete de Setembro serão pacíficos e que milhares de pessoas sairão às ruas para mostrar patriotismo e exigir eleições “limpas”.

“Eu acho que vai ser um movimento nunca visto na história do Brasil. Aqui, em Brasília, vai ser grande; e tenho certeza de que em Copacabana, no Rio de Janeiro, vai ser enorme”, declarou Bolsonaro, em entrevista à Jovem Pan. “Eu sei que muita coisa vai acontecer ali, todas pacíficas, mas o mais importante é que vão falar em eleições limpas. Qual é o crime nisso?”, emendou o presidente.

Só em Brasília são esperadas cerca de 500 mil pessoas nas manifestações de Sete de Setembro. Número parecido é aguardado no Rio de Janeiro e em São Paulo, na avenida Paulista.

As comemorações pela Independência do Brasil sempre foram marcadas por festa, desfile cívico e demonstrações de patriotismo. O jornal Cruzeiro do Sul, em sua edição de 7 de setembro de 1922, relatava: “O Brasil completa hoje cem anos de vida político-econômica independente. O grito célebre de Sete de Setembro de 1822 ficou marcado na história dessa grande Pátria”. E seguia mais adiante, no mesmo texto de capa: “Todo o Brasil festeja, hoje, o centenário da grande data histórica, e cobre de bênçãos D. Pedro I, o nosso primeiro imperador”.

Já em 7 de setembro de 1972, quando a Independência do Brasil completou 150 anos, a edição do jornal Cruzeiro do Sul, daquela data, exprimia a importância de comemorar-se o ato de D. Pedro I. “Hoje o assunto é a pátria independente. Todos na rua, com bandeiras, fanfarras, desfiles e alegria contagiante. No coração de todos, muito amor e muita fé nos destinos desta pátria, que se aproxima da grandeza sonhada pelos seus filhos.”

Mais cinquenta anos passaram-se e estamos hoje, aqui, para comemorar o Bicentenário da Independência. O espírito que move grande parte dos brasileiros é o mesmo. Ganhar as ruas para mostrar ao mundo o amor que sentimos pelo Brasil.

Essa manifestação ocorre depois de dois anos difíceis por conta da pandemia de Covid-19. Milhões de pessoas foram afetadas. Gente que perdeu parentes e amigos, gente que ainda se recupera das sequelas da doença, gente que perdeu seu ganha-pão e gente que perdeu a fé num mundo melhor e mais justo.

A hora é de recuperar a alegria e a disposição para lutar por um país cada vez melhor. Tomar as ruas, nesse Sete de Setembro, é o sinal que todos precisamos dar para mostrar o que queremos e o que precisamos para o futuro.

Só assim, com uma demonstração de força, seremos ouvidos por aqueles que teimam em avocar para si um poder que não lhes foi conferido pelas urnas. O brasileiro vai demonstrar, mais uma vez, que ele, e só ele, deve escolher seus mandatários. E o caminho para esse processo é a eleição livre, justa, sem favorecimentos a este ou àquele lado.

Que as ruas, pintadas de verde-amarelo neste Dia da Independência, mostrem a força do povo brasileiro que quer viver em paz, num país próspero e sabendo que pode confiar numa justiça que não elege ideologias, mas sim respeita aquilo que está escrito em Nossa Constituição. O Brasil é maior que cada um de nós, mas só será gigante quando todos nos unirmos numa única direção.