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Editorial

Uma semana cheia de boas notícias

Começamos com o FMI revisando o nosso PIB para cima e chegamos na sexta com o anúncio de uma forte queda no desemprego

30 de Julho de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (1/7/2021))

Começamos a semana com boas notícias econômicas. E nada melhor que chegar ao sábado como novas boas notícias na área. A taxa de desemprego no Brasil caiu mais uma vez segundo os dados divulgados ontem (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice chegou a 9,3% no trimestre encerrado em junho, o que representa uma queda de 1,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Esse é o menor patamar para o período desde 2015, quando ficou em 8,4%.

É um resultado animador que corrobora as medidas tomadas pelo governo Bolsonaro nos últimos meses e expõe a fragilidade da avaliação de vários analistas econômicos mais preocupados em difundir o caos do que em realmente sentir o pulso real da sociedade.

Para se ter uma ideia, a quantidade de dinheiro movimentada pelas pessoas ocupadas atingiu a marca de R$ 255,7 bilhões, um crescimento de 4,4% na comparação com o trimestre anterior e de 4,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Com mais dinheiro circulando a roda da economia gira mais rápido e produz novas oportunidades para todos.

Esse novo levantamento do IBGE mostra que número de desempregados caiu 15,6% no trimestre e atingiu 10,1 milhões de pessoas, 1,9 milhão a menos que no trimestre anterior. Os números estão na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Segundo a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, o movimento de retração da taxa de desocupação no segundo trimestre é semelhante ao observado em outros anos. “Em 2022, contudo, a queda mais acentuada dessa taxa foi provocada pelo avanço significativo da população ocupada em relação ao primeiro trimestre”, pontuou Adriana.

Os números da pesquisa mostram também que a população ocupada é a maior desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. O contingente foi estimado em 98,3 milhões, o que equivale a uma alta de 3,1% se comparado ao trimestre anterior.

Isso significa que 3 milhões de pessoas a mais foram incluídas no mercado de trabalho. “Na comparação com o mesmo período do ano passado, o aumento é de 8,9 milhões de trabalhadores. Com o crescimento, o nível da ocupação -- percentual de ocupados na população em idade para trabalhar --, foi estimado em 56,8%, avançando 1,6 ponto percentual. frente ao trimestre anterior”, informou o relatório do IBGE.

O número de trabalhadores informais foi estimado em 39,3 milhões e também é o maior da série histórica do indicador, que começou em 2016. Em relação ao trimestre anterior, significa avanço de 2,8% (1,1 milhão de pessoas). Essa população é composta por trabalhadores sem carteira assinada, empregadores e gente que trabalha por conta própria mesmo sem ter CNPJ.

“Além disso, outras categorias principais da informalidade, que são os empregados sem carteira no setor privado e os trabalhadores domésticos sem carteira, continuaram aumentando”, informou Adriana Beringuy. “O número de trabalhadores domésticos sem carteira cresceu 4,3% no período, o equivalente a 180 mil pessoas. Com a alta, essa categoria passou a ser formada por 4,4 milhões de trabalhadores”, concluiu a analista.

Já no mercado de trabalho formal, a maior elevação em termos absolutos ocorre nos empregados com carteira assinada no setor privado. A categoria cresceu 2,6% no trimestre, um acréscimo de 908 mil pessoas. No ano, o aumento é de 3,7 milhões de trabalhadores ou 11,5%.

O levantamento feito pelo IBGE estimou que o rendimento médio real dos trabalhadores está em R$ 2.652, um valor que representa certa estabilidade se compararmos com o primeiro trimestre deste ano.
Há tempos não temos uma semana tão boa em termos de notícias econômicas para o Brasil. Começamos a segunda-feira com o Fundo Monetário Internacional revisando o nosso PIB (Produto Interno Bruto) para cima e chegamos na sexta-feira com o anúncio de uma forte queda no desemprego. O País está mudando, cada dia melhor, só não vê que não quer.