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Editorial

Crimes violentos em queda no Brasil

A queda mais expressiva foi a da região Sudeste, com uma diminuição de mais de 10%

30 de Junho de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: FÁBIO ROGÉRIO / ARQUIVO JCS (13/10/2021))

O Brasil está vivendo um bom momento na área de segurança pública. O número de crimes violentos vem caindo, o combate ao tráfico de drogas tem apreendido quantidades cada vez maiores de entorpecentes e minado a força das organizações criminosas.

As forças de segurança têm sido valorizadas e defendidas pelo Governo Bolsonaro, apesar de algumas rusgas nas áreas de remuneração e plano de carreira.

O resultado desse apoio é sentido nas ruas e comprovado por estudiosos do assunto. Segundo especialistas do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e do Núcleo de Estudos da Violência (NEV-USP), o menor número de mortes no País é motivado por um conjunto de fatores, incluindo: mudanças na dinâmica do mercado de drogas; maior controle e influência dos governos sobre os criminosos; apaziguamento de conflitos entre facções; políticas públicas de segurança e sociais; e redução do número de jovens na população.

Nos primeiros meses desse ano foi registrada nova queda no Índice Nacional de Homicídios. A redução foi de 6%. Mas esse não é um fato isolado. O País já registrou quedas também em 2020 e em 2021.
O registro de mortes violentas intencionais, no ano passado, caiu 6,5% em todo o Brasil, apontou o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, documento produzido pelo FBSP. As mortes violentas intencionais consideram tanto os homicídios dolosos quanto os latrocínios, as mortes decorrentes de intervenções policiais e as lesões corporais seguidas de morte.

Em números absolutos, as notificações passaram de 50.448 mortes em 2020 para 47.503 no ano passado, patamar mais baixo desde 2011, quando elas atingiram 47.215.

Todas as regiões do País apresentaram queda no indicador, com exceção da Região Norte, onde elas passaram de 5.758 notificações em 2020 para 6.291 no ano passado, com aumento no Pará, Amapá, Amazonas, Rondônia e Roraima. Também foi registrado aumento absoluto em dois outros Estados brasileiros: Bahia e Piauí. O anuário também fez um levantamento das 30 cidades mais violentas do País entre os anos de 2019 e 2021. A mais violenta no período foi São João do Jaguaribe (CE).

Já em 2022, os dados apontam que todas as regiões tiveram queda nos indicadores de mortes violentas intencionais.

A queda mais expressiva foi a da região Sudeste, com uma diminuição de mais de 10%. Todos os Estados tiveram queda, mas a redução foi puxada principalmente pelo Rio de Janeiro. O Estado teve 193 mortes a menos no período, o que representa 20% de queda em relação a 2021.

Com essa baixa, o Rio de Janeiro deixou de ser o segundo Estado com mais assassinatos do Brasil e passou a ocupar a quarta posição. O ranking continua sendo encabeçado pela Bahia, que teve queda de 8,5% na violência, mas que registrou impressionantes 1,3 mil assassinatos nos três primeiros meses deste ano.

Deixando de lado os números nacionais e partindo para um recorte dos dados referentes a Sorocaba, a cidade também registrou, em maio, queda no número de homicídios dolosos e de tentativas de homicídio. Ao mesmo tempo tivemos registros no aumento de furtos e de roubos.

De uma maneira geral, a região de Sorocaba terminou maio com redução de homicídios e estupros. Os roubos em geral, de carga e de veículo também caíram. O principal indicador criminal, a taxa de homicídios dolosos dos últimos 12 meses, foi a menor desde 2001, quando a série histórica foi iniciada.

O combate ao crime é uma tarefa árdua e diária. De um lado as forças de segurança traçam uma estratégia para derrotar os bandidos, do outro, as organizações criminosas buscam formas de burlar esse cerco policial. Nos últimos anos houve resultado significativo no combate ao tráfico e na prisão de criminosos. A violência diminuiu, mas há muito ainda para ser feito. E só um governo notadamente contra os bandidos pode continuar esse trabalho de combate ao crime.