Mercado de trabalho
Geração de empregos em alta
O mercado de trabalho formal, no Brasil, registrou de 136.189 carteiras assinadas no terceiro mês do ano
Sorocaba começou o ano com o pé direito no quesito geração de empregos com carteira assinada. Só em março de 2022 foram criadas 1.689 vagas, o melhor resultado até agora. Em janeiro o saldo foi de 867 vagas e em fevereiro 975. Os dados, divulgados na quinta-feira (28) são do Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados. Nesse período o setor de serviços foi quem mais contratou, com 1.227 vagas. Depois vem o comércio, a indústria e a construção.
O resultado local é melhor que o resultado nacional. Apesar do Brasil ter criado mais vagas em março, o número alto de demissões na região Nordeste prejudicou o resultado geral.
O mercado de trabalho formal, no Brasil, registrou de 136.189 carteiras assinadas no terceiro mês do ano. Embora as contratações tenham apresentado um número positivo, a abertura de vagas foi menor que a registrada em fevereiro, quando foram realizadas 329.404 admissões com carteira assinada. A nível nacional, a abertura de vagas, em março, foi novamente puxada pelo desempenho do setor de serviços, com a criação de 111.513 postos formais, seguido pela construção civil, que abriu 25.059 vagas. No acumulado dos três primeiros meses de 2022, o saldo do Caged está positivo em 615.173 vagas.
O ministro do Trabalho e da Previdência Social, José Carlos Oliveira, afirmou que o resultado de março “permite sonhar” com uma estimativa superior a 1 milhão de vagas formais abertas em todo ano de 2022.
Apesar do resultado positivo, o Ministério do Trabalho e Previdência informou que os pedidos de seguro-desemprego aumentaram. Foram 674.603 em março, ante 550.265 em fevereiro. O secretário executivo da pasta, Bruno Dalcolmo, lembrou que o Benefício Emergencial de Manutenção e Renda (BEm), que permitiu às empresas cortarem salários e jornada ou suspenderem os contratos durante a pandemia, segurou as demissões nos últimos dois anos, mas é possível que os pedidos de seguro-desemprego aumentem nos próximos meses, à medida que acabe a proteção provisória conferida pelo programa -- que vigorou até agosto de 2021.
Mesmo com alguns sinais de alerta, o Brasil vem se recuperando bem no período pós-pandemia. As empresas estão investindo e abrindo novas oportunidades de trabalho. Os meses de confinamento forçado obrigaram muita gente a repensar o seu negócio e a maneira de trabalhar. Agora é hora de investir na reestruturação. E essa reestruturação passa por um jeito diferente de encarar o dia a dia nas empresas. Algumas funções serão, aos poucos, extintas. Outras surgirão pela constante necessidade de inovação. O modelo de trabalho em home office, desenvolvido durante a pandemia, veio para ficar. E isso vai mudar também a relação entre patrões e empregados. Um mundo novo está por vir. E nem sempre as vagas com carteira assinada serão as mais procuradas. A geração que deixa agora as universidades prefere a liberdade do horário flexível, mesmo com salários menores, do que a rigidez do escritório. E isso vai precisar ser levado em conta também.
O importante, nisso tudo, é perceber que o País voltou a crescer. Que o dinheiro circula firme em nossa economia. A situação brasileira só não é melhor por causa da inflação que teima em resistir aos ajustes propostos pelo Banco Central. Com o mundo conflagrado pela invasão russa em solo ucraniano fica difícil estabelecer até onde a alta de alimentos e combustíveis, por exemplo, pode chegar. Enquanto esse problema de âmbito global persistir, qualquer medida econômica isolada será insuficiente.
O importante, neste momento, é fazer a lição de casa. Evitar planos mirabolantes e permitir que o empresariado tenha confiança em investir no País e ampliar os negócios.
Que o resultado de abril, que hoje chega ao fim, seja melhor que o de março. Garantindo a geração de mais emprego e renda para as famílias e permitindo que elas voltem a consumir e a gerar riqueza. Só assim, passo a passo, vamos conseguir reconstruir tudo que foi perdido durante a pandemia.