Sorocaba começou o ano gerando empregos. E empregos de boa qualidade, com carteira assinada e uma série de benefícios. O saldo, no primeiro bimestre de 2022, foi de quase duas mil novas vagas de acordo com os dados do Caged, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho. E a indústria tem tido papel vital na criação dessas oportunidades de recolocação profissional.
Para Erly Domingues de Syllos, diretor da Regional Sorocaba do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), isso vem ocorrendo de forma mais sustentável porque a cidade tem diversos atrativos e diferenciais para atrair novas empresas e gerar empregos.

“No segundo semestre de 2021, a região de Sorocaba já foi destaque ficando à frente de regiões como Ribeirão Preto, Campinas, com exceção da capital paulista. Os números da cidade também são positivos já que Sorocaba possui diferenciais como localização estratégica, leis de incentivo, profissionais qualificados e boa infraestrutura”, explicou Erly.

E toda essa vantagem competitiva não surgiu por acaso. Foi um processo de construção que se iniciou na década de sessenta do século passado e foi sendo aprimorada por todos os prefeitos que se sucederam no comando da cidade.

Sorocaba perdeu muito de sua arrecadação com a emancipação de Votorantim, em 1965. Boa parte das indústrias da cidade estava localizada na área que foi desmembrada. E isso causou sério impacto nas contas do município. Desde então, foi necessário estabelecer uma política de atração de novas indústrias. Um trabalho que começou lá atrás, no governo Armando Pannunzio, com participação decisiva de Laelso Rodrigues, que integrou a comissão responsável pela criação da nova Zona Industrial, abrindo caminho para o aporte de investimentos e a vinda de empresas que contribuíram para a expansão do município.

A semente plantada por essa primeira comissão rende frutos até hoje. A cidade percebeu que não poderia ficar dependente de um só segmento e que a diversificação das atividades geradoras de riqueza era fundamental para o crescimento e desenvolvimento do município.

Hoje, quase sessenta anos depois, Sorocaba, segundo os dados mais recentes do Caged, continua na vanguarda na geração de empregos. Mesmo diante de uma crise econômica decorrente da pandemia da Covid-19 e dos reflexos mundiais causados pela invasão da Ucrânia, a cidade segue se destacando e atraindo investimentos.

No âmbito nacional, a recuperação de empregos também vem sendo uma tônica. Em fevereiro, o saldo entre contratações e demissões foi positivo. O Caged registrou 328 mil novos empregos com carteira assinada em todo o País. O Estado de São Paulo respondeu por pouco mais de 98 mil destas vagas. Esses números estão ajudando a reduzir a taxa de desemprego, e o próximo levantamento do IBGE já deve apontar uma certa melhora.

Sorocaba tem muito a contribuir nesse processo. Novas empresas estão se instalando na cidade e prometem a abertura de mais postos de trabalho, principalmente no setor de serviços, com destaque para o telemarketing e a construção civil. E isso já em abril.

A prefeitura, na gestão atual de Rodrigo Manga (Republicanos), também tem feito a sua parte. A 4ª edição do Mutirão de Empregos, realizada na terça-feira (29), atendeu cerca de duas mil pessoas. A metade delas foi encaminhada para as vagas disponíveis no Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) e agências de recrutamento e seleção. E muito mais gente poderia ter sido contratada. Eram 3.200 vagas disponíveis. O mutirão ofereceu, também, cursos gratuitos de qualificação profissional.

Temos uma Sorocaba que vem sendo preparada, por décadas, para crescer. Empresários dispostos a investir cada vez mais, gerando renda para o município e vagas de trabalho. E uma estrutura de educação capaz de formar profissionais preparados para as mudanças exigidas pelo mercado. Somados todos esses aspectos, só podemos concluir que a cidade está no caminho certo para se transformar num lugar ideal para viver e sonhar com um futuro ainda melhor.