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Lições do esporte para a volta à normalidade

A realização segura de atividades esportivas apresenta ganhos em diversos aspectos enquanto combate à Covid-19

02 de Janeiro de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Cerca de 22 mil atletas participaram este ano
Cerca de 22 mil atletas participaram este ano (Crédito: RONALDO SILVA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO (31/12/2019))

Além de simbolizar a passagem de ano no calendário, como acontecia há quase um século, a retomada da realização de uma das mais tradicionais corridas de rua do Brasil, a São Silvestre, no último dia de 2021, também teve um viés de mudança de estágio em relação à pandemia de Covid-19 -- a mesma que impediu os corredores de realizarem o percurso em 2020.

Apesar das incertezas provocadas pela variante Ômicron pelo mundo, a prova ocorreu de forma segura, em mais um voto de confiança dado pelas autoridades sanitárias às organizações das atividades esportivas no contexto da retomada das atividades no País, como já ocorreu com as partidas de futebol.

Neste ano, cerca de 22 mil atletas participaram da principal corrida de rua da América Latina -- bem abaixo dos 35 mil que já chegou a reunir.

Para evitar a transmissão da Covid-19 entre os competidores, a prova teve uma série de protocolos a serem seguidos antes, durante e após as atividades nos 15 quilômetros do circuito.

Começando pela apresentação obrigatória do comprovante de vacinação completo (com ao menos duas doses para quem se imunizou com Pfizer, Astrazeneca ou Coronavac; ou uma dose da Janssen).

A única exceção aberta em caso de esquema vacinal incompleto era para quem apresentasse um teste RT-PCR negativo realizado 48 horas antes do ingresso no local da retirada do kit de participação, ou teste antígeno com validade de 24 horas.

Desta forma, se reduziu a zero a possibilidade de alguém contaminado estar competindo e infectar alguém na concentração, trajeto ou dispersão.

Pela mesma razão, não houve o tradicional apoio do público que incentivava os corredores ao longo do percurso, e somente os participantes tiveram autorização para ir ao local da largada, na avenida Paulista, em frente ao edifício Gazeta.

Além disso, a recomendação do uso de máscara durante todo o evento não foi esquecida. Durante a permanência nos locais de largada, chegada e dispersão, ela era obrigatória.

Já o uso no decorrer da corrida foi facultativo. Isto porque especialistas afirmam que há um risco baixo de contaminação em eventos esportivos ao ar livre, menor do que em bares e restaurantes.

Essa flexibilização está prevista em protocolos internacionais. Ainda assim, quem não se sentisse seguro poderia manter a máscara no rosto durante o percurso.

A realização segura de atividades esportivas apresenta ganhos em diversos aspectos enquanto combate à Covid-19. É inegável a importância das atividades físicas para a manutenção da saúde das pessoas após quase dois anos de isolamento.

As sequelas físicas e mentais desse processo se fazem sentidas de diversas formas. Além disso, ao se limitar a participação dos corredores à apresentação obrigatória do comprovante de vacinação ou do teste negativo para Covid-19, além de impedir qualquer possibilidade do contágio pelo coronavírus, se está reafirmando a importância da vacinação para que o cidadão possa, cada vez mais, ter uma vida que se assemelhe à “comum” que levava antes do início da pandemia.

Sendo assim, que o retorno da São Silvestre possa apontar para um novo ano em que o esporte esteja cada vez mais presente na vida das pessoas e estas, conscientes e vacinadas, tenham condições para, literalmente, “correr atrás” dos planos e projetos pessoais que estiveram paralisados nos últimos 20 meses.