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Emprego

Boa notícia para encerrar o ano

Segundo o IBGE, o desemprego no Brasil recuou para 12,1% no trimestre encerrado em outubro, o menor percentual desde fevereiro de 2020

31 de Dezembro de 2021 às 14:20
Cruzeiro do Sul [email protected]
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No meio de tantas dificuldades, como as chuvas que deixaram aos menos 24 mortos e milhares de desabrigados na Bahia, ou então a disseminação da variante Ômicron pelo mundo, inclusive com a detecção do primeiro caso aqui em Sorocaba, eis que temos ao menos uma boa notícia para encerrar 2021.

De acordo com dados divulgados na terça-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego no Brasil recuou para 12,1% no trimestre encerrado em outubro (agosto, setembro e outubro).

O percentual é o menor desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2020, quando a taxa registrou 11,8%. E, com as contratações ocorridas no final de ano, inclusive de temporários, por conta do aquecimento da economia no período de Natal, a tendência é que o resultado dos trimestres seguintes aos do levantamento sejam ainda melhores.

Dessa forma, a população com ocupação chegou a 94 milhões de pessoas, ou seja, 54,6% dos indivíduos em idade para trabalhar no País. O contingente subiu 3,6% frente ao registrado no último trimestre analisado.

Pelas estatísticas oficiais, uma pessoa está desempregada quando não tem trabalho e segue à procura de novas oportunidades profissionais. O levantamento do IBGE considera tanto o setor formal quanto o informal.

Outro ponto positivo é que a taxa de desocupação -- aqueles que estão à procura de emprego -- está em queda desde o trimestre encerrado em abril deste ano, quando chegou a 14,7%, o maior patamar da série histórica (iniciada em 2012).

Em relação ao mesmo trimestre de 2020, a taxa recuou 2,5 pontos percentuais. Na época, o desemprego estava em 14,6%. trocando em miúdos, no período de um ano, foram 8,7 milhões de trabalhadores que voltaram ao mercado.

Um dos detalhes que chamam a atenção na pesquisa é o aumento do número de pessoas ocupadas em seis das 10 atividades analisadas, incluindo comércio, indústria e serviços. Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado impulsionaram a alta.

Esse grupo chegou a 33,9 milhões, um crescimento de 4,1%, ou 1,3 milhão de pessoas. Dessa forma, embora o emprego com carteira no setor privado ainda esteja em um nível abaixo do que era antes da pandemia, ele vem traçando uma trajetória positiva de crescimento.

Mesmo assim, o trabalho informal, sem carteira assinada, continua a ser o maior impulsionador de novos postos de trabalho. A informalidade chegou a 40,7% no Brasil, frente a 38,4% no mesmo trimestre de 2020. No trimestre anterior, a taxa havia sido 40,2%. Isso significa que atualmente são 38,2 milhões de trabalhadores informais.

Os trabalhadores do setor privado nessa modalidade cresceram 9,5% no trimestre encerrado em outubro. Já os trabalhadores domésticos sem carteira tiveram alta de 8%.

O cenário de informalidade, porém, se traduz em um rendimento menor para os trabalhadores brasileiros. O rendimento real caiu 4,6% no trimestre encerrado em outubro, chegando a R$ 2.449 por pessoa. Recuou 4,6% frente ao trimestre anterior e, na comparação anual, a queda foi ainda maior, de 11,1%.

Mesmo com pontos positivos, os números atuais representam 12,9 milhões de pessoas sem ocupação. É muita gente ainda sem emprego, sim, mas o número caiu 10,4% (1,5 milhão de pessoas) frente ao trimestre terminado em julho.

Que a guerra pela redução do desemprego siga firme no início do ano que vem, e que a gente siga vencendo algumas batalhas como tem acontecido. Mais emprego é uma das chaves para fazermos o círculo virtuoso da economia girar.

Mais consumo gera mais produção que gera mais emprego que gera mais consumo. Que 2022 seja um ano de grandes conquistas do Brasil nesse segmento!