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Saúde pública

Todo dia tem de ser o ‘Dia D’

Combate à dengue tem de ser permanente, ainda mais nos meses que antecedem o verão

31 de Outubro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
As conclusões se baseiam na análise de amostras sanguíneas de 1.285 pessoas.
As conclusões se baseiam na análise de amostras sanguíneas de 1.285 pessoas. (Crédito: DIVULGAÇÃO / FAPESP)

Além da Covid-19, também existe em Sorocaba e região outra doença que precisa da mobilização e de permanente alerta da população: a dengue.

Há uma semana, foi realizado em Sorocaba o “Dia D”, um dia dedicado ao combate e à prevenção da dengue. A iniciativa, coordenada pelo setor de Zoonoses da Secretaria de Saúde (SES), mobilizou cerca de 200 colaboradores municipais, por meio de ações tanto de retirada de material como de conscientização.

Na data, foram recolhidas 7,6 toneladas de materiais que poderiam servir de criadouros do mosquito, como garrafas vazias, pneus velhos, frascos, potes, latas etc. A busca, feita em áreas abertas e também em domicílios, foi concentrada nos bairros Parque São Bento, Jardim Guaíba e Parque das Laranjeiras.

Desde junho, segundo a prefeitura, a SES mantém três equipes em caminhões fazendo o recolhimento, nos bairros, desse tipo de material. De lá para cá, em média, por dia, de uma a duas toneladas são removidas em cada caminhão.

O Setor de Zoonoses da SES orienta as famílias a fazerem, periodicamente, uma vistoria nos imóveis para identificar e remover possíveis criadouros.

Já um outro trabalho, tão importante quanto a coleta de materiais, é a educação. Para transmitir -- sobretudo aos jovens e crianças -- informações sobre as causas, riscos e principalmente a importância de se combater o mosquito Aedes aegypti, responsável por transmitir as doenças dengue, zika, chikungunya e febre amarela, foi realizada uma série de atividades educativas. Ao menos 15 pontos da cidade receberam cursos, palestras e didáticas sobre o tema.

O ponto principal da ação foi na Praça Coronel Fernando Prestes, onde tendas foram montadas e o público pôde verificar como identificar os principais locais que servem como potenciais criadouros do mosquito, bem como ver de perto a larva do Aedes.

Além da praça, orientadores atuaram em outros nove pontos da cidade, fazendo abordagens de conscientização da população. Equipes com faixas, bandeiras e folhetos explicativos marcaram presença em cinco cruzamentos de forte volume de tráfego.

Neste ano, a SES registrou 1.221 casos de dengue e nove de chikungunya. Não houve ocorrências de zika ou febre amarela em 2021 no município. Apesar de o número de casos de dengue sempre preocupar, as ocorrências das outras doenças ligadas ao mosquito felizmente são baixas.

E uma das principais atividades de prevenção e controle é o bloqueio de casos positivos, ou suspeitos, em que agentes da Divisão de Zoonoses realizam visitas nos imóveis ao redor do foco. O objetivo é bloquear a transmissão, seja pela redução da infestação do vetor, remoção ou tratamento de possíveis criadouros, além da orientação sobre sinais, sintomas das doenças e formas de prevenção.

Como ação complementar, se constatado caso positivo ou suspeito de arbovirose na região delimitada, é feita a “nebulização” -- aplicação de veneno -- para diminuir a infestação de mosquitos infectados.

O mais importante, porém, é que a população entenda que as medidas preventivas precisam ser permanentes. Em relação à dengue -- assim como acontece com a Covid -- não se pode abaixar a guarda.

Ainda mais nos meses que antecedem o verão, período mais quente e úmido, propício para a proliferação do mosquito. É preciso sempre reforçar as medidas de prevenção.

Os cuidados não devem ser somente na residência. É essencial ficar atento a possíveis focos de água parada na escola, no trabalho, nos vizinhos e em outros locais frequentados diariamente.

Denúncias de potenciais criadouros do Aedes aegypti podem ser feitas pelo canal 156, no site da prefeitura ou, ainda, em uma das Casas do Cidadão. Também é possível registrar a ocorrência pelo WhatsApp da Ouvidoria Geral (15-99129.2426), das 8h às 17h.

Dependendo do caso, uma equipe técnica vai ao local e faz a inspeção da área para tomar as devidas providências.

Assim como na Covid, o apoio da população também é fundamental para o enfrentamento, a prevenção e a diminuição de casos de dengue na cidade e região.