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Editorial

A importante melhora no emprego

Ainda que de forma tímida, taxa de desemprego vem caindo e tem sido constante o saldo positivo com relação a novas vagas

28 de Outubro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
(Crédito: Marcos Santos / USP Imagens )

No complicado momento econômico pelo qual o País atravessa, um dos tópicos mais importantes é a geração de emprego. Isso é o ponto de partida para fazer a roda da economia girar. Felizmente, nesse quesito, ainda que de forma tímida, houve uma melhora em praticamente todos os parâmetros. E, felizmente, isso pôde ser observado tanto no cenário nacional como local.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados ontem, o Brasil registrou 13,7 milhões de desempregados no trimestre encerrado em agosto (junho, julho e agosto). Ainda é muita gente, claro, mas esse número caiu 1,1 milhão em relação ao trimestre encerrado em maio, quando o País tinha 14,8 milhões de pessoas sem emprego. A taxa de desocupação chegou a 13,2%, o que representa uma queda de 1,4 ponto porcentual em relação aos três meses anteriores (março, abril e maio), quando o índice estava em 14,6%.

O fato animador é a tendência que se observa. O porcentual da taxa de desocupação vem caindo desde o trimestre encerrado em abril, quando chegou a 14,7%, o maior patamar da série histórica -- iniciada em 2012. O nível também está abaixo do mesmo trimestre (junho, julho e agosto) de 2020, quando esteve em 14,4%.

A taxa de subutilização -- pessoa que está desempregada, ou trabalha menos do que poderia ou não procurou emprego mesmo estando disponível para trabalhar -- também caiu 1,9 ponto porcentual em comparação com o trimestre março/abril/maio e chegou a 27,4%. Em relação aos mesmos três meses do ano passado, recuou ainda mais -- 3,2 pontos porcentuais. A população subutilizada diminuiu 1,8 milhão de pessoas (5,5%) contra o trimestre anterior -- e chegou a 31,1 milhões de pessoas. Dentro da subutilização, há o índice de desalentados, que são aqueles que não procuraram empregos porque não acreditam que vão conseguir vaga no mercado. A taxa desse grupo recuou 0,4 ponto porcentual em relação ao trimestre anterior e é de 4,9%.

Já o número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado -- excluindo os trabalhadores domésticos -- subiu 4,2%, ou 1,2 milhão de pessoas, em relação ao trimestre encerrado em maio e chegou a 31 milhões de pessoas. O porcentual de trabalhadores informais (sem carteira de trabalho) também teve alta de 4,2% contra o trimestre anterior, o que representa 987 mil pessoas. Agora, os trabalhadores informais somam 10,8 milhões ao todo. Em comparação ao mesmo trimestre de 2020, a alta foi de 23,3%, a maior da série histórica. Corresponde a cerca de 2 milhões de pessoas que começaram a trabalhar na informalidade.

Trazendo o levantamento mais para perto, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o Brasil gerou 313.902 postos de trabalho em setembro deste ano, resultado de 1.780.161 admissões e de 1.466.259 desligamentos de empregos com carteira assinada. No acumulado de 2021, o saldo positivo é de 2.512.937 novos trabalhadores no mercado formal. Além disso, todas as regiões do País tiveram saldo positivo na geração de emprego, sendo que houve aumento de trabalho formal nas 27 unidades da federação no mês passado.

Sorocaba também teve, em setembro, mais um mês de saldo positivo em relação ao emprego, com 917 novas vagas de carteira assinada. Conforme os dados do Caged, no mês passado a cidade gerou 9.189 admissões contra 8.272 desligamentos. O setor que mais contratou foi a indústria, com saldo positivo de 365 vagas, seguido pelos serviços com 322. Em seguida aparecem construção (167), comércio (60) e agropecuária (3). Foi também o oitavo mês do ano em que a cidade cria mais vagas de trabalhos formais do que desligamentos, e o quinto mês consecutivo.

Que essa tendência continue ainda mais forte, de forma nacional e local, para o bem de todos.