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Tecnologia

Reconhecimento aos sorocabanos

Conquistas e feitos distintos de dois sorocabanos mostram a importância do investimento em inovações tecnológicas e científicas

19 de Agosto de 2021 às 01:31
Cruzeiro do Sul [email protected]
As histórias de Piovani e Lima mostram que as pessoas devem perseguir seus sonhos
As histórias de Piovani e Lima mostram que as pessoas devem perseguir seus sonhos (Crédito: Pixabay.com)

Nos últimos dias, duas matérias publicadas neste Cruzeiro do Sul mostraram feitos e conquistas relevantes obtidas por sorocabanos em suas respectivas áreas de atuação.

Na primeira, uma empresa fundada por um sorocabano foi a vencedora de um importante prêmio. Focada em soluções e ferramentas voltadas à educação, a A PiCode Education, criada por Lucas Piovani, de 23 anos, conquistou a Etapa Conexão do Ciclo 2021.1 do InovAtiva, um dos maiores programas de aceleração da América Latina. Trata-se de uma competição com duas edições a cada ano, em que são selecionados negócios inovadores envolvendo todos os segmentos. No caso em questão, a PiCode saiu como destaque na categoria Educação.

Idealizada há cerca de dois anos, a edtech -- como são denominadas as empresas de tecnologia educacional -- de Piovani está localizada no Parque Tecnológico de Sorocaba (PTS) e é mais um exemplo da importância do parque como centro de excelência em inovação e tecnologia. O próprio slogan dá o tom da empresa: “não fazemos robôs, as crianças fazem”. Na prática, a startup busca soluções para aprimorar a educação a partir das novas tecnologias e metodologias que estão surgindo no mercado.

Já o químico sorocabano Lucas Felipe de Lima foi um dos criadores de um dispositivo inovador para detecção do vírus da Covid-19. Nesse método, ele utiliza somente grafite de lapiseira. Considerado de alta precisão, o teste chamou a atenção sobretudo pelo baixo valor envolvido, apenas US$ 1,50 (cerca de R$ 8), o que pode torná-lo uma ótima opção para mercados de massa ou populares.

O trabalho foi desenvolvido por meio de parceria entre a Unicamp e a Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, e mereceu destaque na revista The Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). Lima faz parte de um grupo de pesquisa no Instituto de Química da Unicamp e atualmente trabalha na Universidade da Pensilvânia.

O brasileiro André Lopes Ferreira é coautor do projeto. Para desenvolver o teste, os pesquisadores usaram apenas grafites (de 0,7 e 0,9 mm) e frascos plásticos. A partir de uma secreção do paciente, o resultado é obtido em apenas 6,5 minutos. O novo dispositivo também se mostrou eficiente na detecção de variantes de SARS-CoV-2, como a da Inglaterra, por exemplo.

A partir de experimentações que contaram com a ajuda e conselhos do orientador de Lima no Brasil, doutor William Reis de Araujo, a dupla realizou testes e diagnóstico de Covid-19 em mais de 100 amostras de pacientes, com boa resposta analítica.

O trabalho foi delineado em um laboratório localizado no departamento de medicina da Universidade da Pensilvânia, de onde veio o convite para um período de trabalho no desenvolvimento de dispositivos para diagnóstico clínico de diversos patógenos.

A criação do teste com grafite chamou a atenção de empresas da área que vêm sondando o mercado sobre a possibilidade de compra de novos métodos de detecção do novo coronavírus.

As histórias de Piovani e Lima mostram que as pessoas devem perseguir seus sonhos, e que investimento em inovações tecnológicas e científicas são fundamentais para um país que se propõe a lutar por um futuro melhor. Ambos levam o nome de Sorocaba ainda mais longe mundo afora. Parabéns!!!