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Editorial

Força da região espanta a crise

Com diversidade de atividades e estrutura sólida, Sorocaba e região conseguem dados positivos mesmo diante da pandemia

27 de Maio de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Vagas de trabalho na Região Metropolitana de Sorocaba mantêm as cidades com bons números na economia brasileira
Vagas de trabalho na Região Metropolitana de Sorocaba mantêm as cidades com bons números na economia brasileira (Crédito: Fábio Rogério / Arquivo JCS )

A Região Metropolitana de Sorocaba possui, ao todo, mais de dois milhões de habitantes espalhados por 27 municípios. A RMS, como é chamada, gera cerca de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) paulista. Trata-se, portanto, de uma região muito forte economicamente.

Tão forte que, mesmo diante da pandemia de coronavírus que assola o mundo desde o ano passado, a RMS tem apresentado números positivos.

Dados oficiais mostram, no primeiro quadrimestre, bons índices em investimentos, aberturas de empresas, balança comercial e até na geração de postos de trabalho.

De um modo geral, pode-se dizer que a região apresenta crescimento econômico apesar das adversidades impostas por uma pandemia desse quilate -- a maior em 200 anos.

Em Sorocaba, por exemplo, já foi formalizado para este ano o anúncio de investimentos da ordem de R$ 1,007 bilhão, contra R$ 744,2 milhões investidos em todo o ano passado.

Uma das explicações para tal situação é que na RMS há uma intensa e diversificada atividade econômica, com destaque para os setores metal-mecânico, eletroeletrônico, têxtil e agronegócio (cana-de-açúcar), especialmente nas cidades de Sorocaba, Itu, Itapetininga, Salto, Cerquilho e Votorantim. Essa diversidade faz com que a região não fique dependente de apenas uma atividade e consiga enfrentar situações difíceis como um todo.

Evidentemente que numa crise da dimensão de uma pandemia há efeitos intrínsecos, como o desemprego, principalmente nos setores de comércio e serviços.

Com medidas restritivas e até lockdowns, é praticamente impossível conseguir manter fortalecidos todos os negócios que dependem da circulação de pessoas.

Ainda assim, o mercado de trabalho também apresenta desempenho positivo no período. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), já são 4.736 empregos formais gerados em Sorocaba entre janeiro e março deste ano, apesar da pandemia.

Outro fator fundamental nessa equação é que, em termos de produção, a região atende não somente o mercado interno, mas também o externo. Isso é um facilitador pois faz com que haja um equilíbrio de demanda.

Traduzindo em números. Neste ano, segundo dados do Ministério da Economia, Sorocaba gerou US$ 380,59 milhões na participação das exportações, apontando um aumento de 27% em relação ao valor médio de 2020, de US$ 298,44 milhões.

Com isso, a cidade manteve a posição do ano passado, ficando em 9º no ranking das exportações no Estado de São Paulo, e subiu do 46º para o 39º lugar no ranking das exportações no País.

Nas participações de importações, nos quatro primeiros meses de 2021, também houve aumento no valor médio, que agora é de US$ 829,44 milhões diante dos US$ 692,29 milhões em 2020.

Já um levantamento feito pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo (Sedettur) mostra que, nos quatro primeiros meses de 2021, 3.927 microempreendedores individuais (MEIs) foram formalizados na cidade, contra 3.182 no mesmo período de 2020, resultando em 745 a mais.

Dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), referentes a outras modalidades de empresas, mostram que Sorocaba apresenta aumento de 591 aberturas no primeiro quadrimestre do ano, em relação a 2020.

Neste ano, foram realizadas 1.466 formalizações, sendo 1.223 microempresas; 218 empresas de pequeno porte e 123 empresas gerais. No mesmo período de 2020, Sorocaba teve abertas 875 empresas, sendo 673 microempresas; 127 empresas de pequeno porte e 73 empresas gerais.

Resumindo, Sorocaba e região possuem ferramentas e grande potencial empreendedor para gerar renda de maneira criativa e superar dificuldades em momentos de crise, como a atual. Portanto, mãos à obra para vencermos essa dura batalha.