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É hora de fortalecer a luz no fim do túnel

As expectativas positivas geradas pela iniciativa privada sorocabana estão, felizmente, encontrando ressonância na esfera da administração municipal

16 de Maio de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
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Embora algumas das notícias que mereceram manchetes nos últimos dias não tenham sido exatamente aquelas que gostaríamos de receber, os sorocabanos possuem motivos concretos para considerar o saldo da semana que está se encerrado como altamente positivo em vários aspectos. No âmbito da economia e das finanças, por exemplo, os fatos e os números -- especialmente estes últimos, já que nunca mentem -- apontam, indiscutivelmente, para a efetiva recuperação das atividades produtivas. Mesmo sem perder de vista os limites do otimismo responsável prescritos pela pandemia de Covid-19, não se pode desprezar a relevância do protocolo de intenções assinado entre a Prefeitura de Sorocaba e a fábrica de automóveis Toyota, assim como o recorde da arrecadação tributária, a redução do custo da máquina municipal, o êxito das parcerias público-privadas e o fortalecimento do empreendedorismo.

Nesta sexta-feira (14), a montadora japonesa registrou em documento a intenção de manter o programa de investimentos de curto, médio e longo prazos previstos para a sua planta estabelecida na zona industrial do município. Um dos itens confirmados pelo presidente da companhia no Brasil, Rafael Chang, é o aporte de R$ 1 bilhão na modernização da linha de produção do Corolla Cross. Engatada nesta cifra -- correspondente a cerca de 30% do orçamento anual da Prefeitura de Sorocaba -- vem a estimativa de geração de 800 empregos diretos e indiretos. Além dos dividendos mensuráveis, o município ainda pode se beneficiar da exposição proporcionada pelo fato de ser o berço do primeiro veículo desenvolvido no País capaz de rodar tanto com combustíveis líquidos como com energia elétrica. A contrapartida, considerada pertinente por diversos especialistas em economia, é a continuidade dos incentivos fiscais em vigor desde a implantação da empresa.

Também na sexta-feira, a Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) surpreendeu positivamente com a divulgação do balanço financeiro do primeiro quadrimestre de 2021. De acordo com os dados divulgados pela pasta, a arrecadação computou um incremento de 12,65% na comparação com o mesmo período do ano anterior. O montante de tributos e taxas recolhidos no território sorocabano -- incluindo os de competência do próprio município e os gerenciados pelo Estado e pelo governo federal -- passou de R$ 830.430.924,98 em 2020 para R$ 935.444.243,88 neste ano. Isso significa que, entre os meses de janeiro e abril de 2021, a Prefeitura pode contar com R$ 105.013.318,9 a mais do que nos primeiros quatro meses do ano passado. Esses números indicam, justamente, o início da retomada das atividades produtivas no contexto municipal, referendando dados já detectados há alguns meses com a melhoria dos índices de empregos, o aumento recorde do número de empreendedores e a recuperação da balança comercial, principalmente.

As expectativas positivas geradas pela iniciativa privada sorocabana estão, felizmente, encontrando ressonância na esfera da administração municipal. Pelo menos é o que demonstram os dados divulgados nesta semana pela Sefaz com relação aos gastos públicos. Conforme o relatório do primeiro quadrimestre de 2021, a Prefeitura reduziu as despesas em 9,78%, também em comparação ao mesmo período do ano passado. O valor despendido caiu de R$ 684.186.482,61 para R$ 617.272.403,43 no período, representando uma economia de R$ 66.914.079,18 ao erário. Outro lado da boa notícia é que o corte nas despesas não teria afetado os investimentos em políticas públicas e em obras. A lição de casa incluiu revisões de contratos e ampliações das parcerias com a iniciativa privada. Exemplos disso são as obras custeada por empresas do ramo da construção civil, como as novas áreas de transferência dos transporte coletivos nos bairros Aparecidinha e Cajuru, pavimentação de ruas e avenidas, assim como a revitalização de espaços públicos. Nestes casos, os investimentos privados correspondem a intervenções mitigatórias.

Como ficou demostrado, a luz no fim do túnel não apenas existe, como está cada vez mais vigorosa. Cabe a todos nós reforçá-la a cada dia. Espantar o pessimismo é o primeiro passo para superar as dificuldades. Então, mãos à obra.