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Violência contra idosos

04 de Julho de 2020 às 00:01

No jornal de outro dia, que tratava da violência contra o idoso nesta crise, faltou fiscalizar um outro aspecto: o tratamento do idoso nos transportes públicos, urbano e/ou suburbano.

Sendo Sorocaba sede da região metropolitana esse problema abrange vários outros municípios, principalmente os mais próximos, como Araçoiaba e Salto de Pirapora cujos idosos utilizam ônibus diariamente, muitos motivados até pelo almoço por R$1,00 no Bom Prato, utilizar o Poupatempo, serviços de saúde, etc. O problema está na indiferença, no pouco caso, no menosprezo, que são meios de violência, geralmente não física, mas de qualquer forma, violência e isso não só em relação aos idosos, mas gestantes, obesos, mães com bebês, etc.

O Estatuto do Idoso manda que lugares sejam reservados a essas pessoas, mas é apenas mais uma de nossas numerosas leis não cumpridas. Jovens, inclusive universitários, ocupam nossos lugares, não tomam conhecimento da nossa presença, fingem dormir ou usam fones de ouvido ou simplesmente desrespeitam os avisos colados nas janelas.

Já escrevi à Urbes há tempos, sugerindo retirar os avisos e colocar outros. Os atuais dizem que não havendo idosos no momento, o jovem pode usar os bancos. Minha sugestão foi que fosse acrescentado nos cartazes que se entrou alguém com direito do uso dos assentos, que ele mostre que tem educação e ceda o lugar que ocupa indevidamente. Já vi jovens ocupando lugares preferenciais havendo outros lugares livres.

Outra sugestão é que o estatuto seja modificado dando direito a cobradores, policiais, funcionários da justiça e outros de exigir que o jovem se levante, mas não o medo da violência. Minha sugestão é que o Cruzeiro ponha repórteres para confirmar o que digo. Tenho 79 anos e farei 80 em 19/07, já passei várias vezes por isso, indo e voltando em pé daqui de Sorocaba.

CLOVIS JUSTO DA SILVA