Reforma estrutural
O Brasil precisa de reforma estrutural urgente. Desde o seu começo, como nação organizada o Brasil deixou a desejar, porque a História nos conta que D. João VI e sua comitiva vieram para cá, fugindo das tropas napoleônicas. Forçoso é acreditar que se fosse por sua vontade, o monarca não teria deixado Portugal, naquela época. Infelizmente, o Estado brasileiro desde o princípio de sua formação, não teve o objetivo de servir a sua população, como é princípio universal das demais nações; porém, desde então passou atender aos interesses da família real e das cortes portuguesas. Essa situação perdurou até o famoso 7 de setembro de 1822, quando D. Pedro I proclamou a nossa Independência.
Essa perda do vínculo administrativo com Portugal, também não trouxe significativas mudanças para a população, porque o Imperador, nada obstante demonstrasse boas intenções, não implantou as melhorias esperadas, o que foi possível ser feito, com seu filho, Pedro II, até outra data importante, 15 de novembro de 1889, quando foi proclamada a República. Essa mudança na forma de governo aconteceu porque pouco tempo antes, fora extinta a escravidão no Brasil e isto deixou revoltados os “barões do café”, os quais lideraram a implantação da República em nosso país. Novamente, elites foram beneficiadas e o povo, mais uma vez foi deixado de lado.
Desde essa época, até nossos tempos, várias reformas foram feitas em nossa Constituição Federal; entretanto, nenhuma delas teve o condão de satisfazer, em toda sua plenitude, os interesses do nosso povo. Isto é explicado, porque o Congresso Nacional, desde a implantação da República é constituído por elites dominadoras, chamadas de partidos políticos. Mais recentemente, tanto a Câmara Federal como o Senado da República têm outros grupos dominadores, chamados de bancada; bancada ruralista, bancada evangélica, dentre outras.
ROQUE DIAS PRESTES