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Homenagem a Ricardo Reis

21 de Julho de 2019 às 00:01

Ele, o homem que viu que a luz pode ser sombra e que a sombra pode ser luz.

Tinha como marca de vida a afirmação e sabia que suas afirmações eram maiores do que ele.

Foi humilde o suficiente para sorrir em qualquer situação da vida.

Escreveu seus pensamentos e os divulgou nas calçadas... a pé, andejo, resoluto, resiliente, diante de abordagens que muitas vezes afrontavam sua fina educação.

Buscava no seu fino e verdadeiramente fino pensamento passado para o papel, o seu sustento. Embora tenha vivido inúmeras situações formais, desviava-se do sistema, porquanto era inadaptado à Terra dos filhos da Terra com sua grotesca, triste desigual articulação...linear, plana, chata... depressiva e opressiva. Sobre a Terra e a vida pregava, então, o total desapego.

Estudioso de Teosofia, profundo conhecimento nascido entre as Civilizações Vedas e Brâmanes há mais de cinco mil anos, de altíssima complexidade. Foi Presidente por várias gestões do Círculo esotérico que tem representação em Sorocaba em espaço histórico.

Entre seus tantos escritos mergulhou no universo da Teosofia e escreveu a Obra “Breviário para novos magos” onde realizou incrível proeza ao traduzir os anais profundos desse conhecimento em um descomplicado conhecimento acessível a todas as pessoas.

Escreveu trabalhos antes não pensados voltados para a população em geral, principalmente os mais humildes, como um livro intitulado “Truques de Boteco” contendo mágicas diversões. Um outro contendo frases de sabedoria e ainda o “Manual de sobrevivência com um salário mínimo”.

O sorriso, a afirmação e a vida foram para ele uma consagração.

Repetindo uma frase que me marcou: “Não existe atraso no plano divino”, referindo-se a quaisquer situações da vida... é notório que ele também sabia... Não existe adiantamento no plano divino.

Ricardo Reis... Que o plano divino te receba neste certo tempo... No perfeito tempo!

MICHEL FACURY FERREIRA