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Desmatamento na Amazônia

22 de Junho de 2019 às 00:01

Não tenho receio de dizer... estamos perto de um Brasil terrível. A Amazônia não é o pulmão do mundo. A mesma quantidade de oxigênio liberada durante o dia é absorvida à noite, quando a floresta libera pela troca gasosa o gás carbônico responsável pelo equilíbrio térmico na Terra, no natural efeito estufa que permite que as temperaturas no planeta permitam a vida. Daí a importância de preservar as florestas sobretudo ela. Mas a sua biomassa para existir absorve carbono, elemento componente de toda vida corpórea vegetal ou animal. Ainda que os gases emitidos para atmosfera estejam muito acima do normal pelos parques industriais dos países ricos emergentes e irresponsáveis a preservação das florestas perenes e úmidas como a amazônica, atlântica e também as menos úmidas como os cerrados são os responsáveis pela captura desse carbono poluente que produzem o desequilíbrio do efeito estufa e provocam o aquecimento global. Porém muito grave tanto quanto ao aquecimento global, no caso da floresta amazônica com efeito direto para o Brasil é o desequilíbrio hídrico, o regime de chuvas para o Brasil que já começam ser sentidos e se agravarão brevemente... muito brevemente.

O desmatamento da Amazônia, como foi noticiado pelo Jornal Cruzeiro do Sul no dia 7 de junho de 2019, em que apenas em 31 dias abrange, área 63% maior do que o município de Sorocaba e todo o desmatamento registrado até hoje é o nosso fim. Esta velocidade é um suicídio. Isto porque, todo nosso regime de chuvas, praticamente de todo o território depende dessa umidade que a floresta armazena para devolver para o resto do território. Em breve as secas prolongadas prejudicarão os agronegócios de que tanto o País depende, os mananciais de água das grandes cidades já agravados pelo crescimento populacional e falta de planejamento como São Paulo, Rio de Janeiro e até Sorocaba começarão a secar... a sede vai grassar mais do que no Nordeste considerando-se o contingente que depende de água no Sudeste e Sul e as indústrias. Prevejo como professor de geografia e estudioso de geografia física, um colapso em 15 anos. Impossível compreender a postura política dos nossos governantes que vivem enxergando esta questão terrível como um tema, com legislação protozoária. É absurda a ignorância científica desses chefes do executivo e dessa montanha de representantes no Legislativo. Vamos gritar! É urgentíssimo... Não vai dar tempo!!!

MICHEL FACURY FERREIRA