Caminho. Apreendo detalhes da cidade no cruzar vias e ciclovias. Observo o transporte por bicicleta (a trabalho ou passeio). No meu entender, inteligente, prático, de baixo custo e saudável. Espetacular se fosse o dominante!

Contudo, o mau uso da bicicleta (felizmente, por exceções) impressiona, tamanho o descaso pelas regras de trânsito e a desatenção a princípios elementares de civilidade. Resultado: uma simples distração e o choque acontece.

Em alta velocidade em calçadas ou na contramão, tais ciclistas encurtam distâncias. No desviar de incômodos pedestres conjugam habilidade e imprudência. O pedestre é distraído? E por que não? Afinal, dele supõe-se o espaço...

Noto ciclovias quase vazias e os pilotos, nas calçadas ou no asfalto, a driblar veículos e pessoas. Resta, ao pedestre, o “caminhar defensivo”. Algumas “dicas”:

- Tenha sempre um olho à frente, outro à direita, outro à esquerda. Eles surgem do nada. Três olhos?... Não pense que seria fácil.

- Observe os dois lados antes de atravessar. Mesmo em ruas de mão única. Há ciclistas apaixonados pela contramão.

- Tenha especial cuidado caso decida atravessar entre veículos estacionados (sem usar a esquina ou a faixa de segurança. Pedestres também fazem, e muito, suas barbaridades). Cautela! Observe as “dicas” anteriores.

- Lembre-se da “invisibilidade” do pedestre. Acene caso note a aproximação de algum ciclista que não demonstra perceber sua presença.

- Atenção especial com as “faixas vivas” não elevadas. As elevadas são respeitadas. As outras, literalmente ignoradas. Muitos ciclistas agem como se as faixas não se aplicassem a eles.

Concluo. Acredite, ser abalroado por um ciclista pode resultar em dolorosos traumas. Raramente origina B. O. Por isso, dados estatísticos são pouco confiáveis. Contudo, imagine algo como 70 kg colidindo com você! Cuide-se! Atravesse em lugares adequados. Observe os sinais de trânsito. Sempre pode haver um ciclista descuidado prestes a cruzar com você!

JOSÉ OSMIR FIORELLI