Água pura, cristalina.

Da nascente borbulhante,

Da garoa incessante,

Do orvalho da campina.

És a chuva, és renascer,

És torrente da cascata,

És o arroio em torno à mata

E cerração do amanhecer.

Do solo tão profundo,

Brotas, mansa, até a jazida,

És a seiva que dá vida

A este globo, nosso mundo.

De um veio pequenino,

Tu abrolhas sem parar,

Dia e no a jorrar,

Segues firme o teu destino.

Apesar da pequenez,

Tua corrente vai distante,

Vence as pedras adiante,

Vai em frente com fluidez.

Formas lagos, formas rios

Formas belas cachoeiras,

Encrespadas corredeiras

Enches valos já vazios.

Tu está em toda a Terra

No açude e no canal,

No vergel do Pantanal,

E nas grotas lá da Serra.

Tu escorres sobre o mangue;

Dás vigor à natureza,

Aos mares a grandeza,

Do planeta és o sangue.

És real fonte de vida,

Mas o homem se olvida,

E te maltrata em seu desdém;

E, assim, vil, indolente,

Ao matar tuas nascentes,

Perecer, irá também!

JUSTO P. CHACON

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Existem cidades que dão desconto no IPTU para casas com árvores na calçada. Seria um ótimo incentivo.

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ENDRIK RAFAEL

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GIOVANI SILVA