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Do Leitor

Paternidade com responsabilidade

16 de Fevereiro de 2024 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
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Sr. editor,
Maravilhaaaa! Sou pai de dois profissionais formados, emancipados, livres e independentes. É uma delíciaaaa!
Tenho um filho e uma filha que vieram ao mundo, absolutamente, queridos por mim e por minha mulher. Vê-los seguros na vida e nas escolhas e, mais do que isso tudo, ser reconhecido como modelo de pai, é muito estimulante àqueles que buscam atingir esta etapa da vida. Se pudesse recomeçar, faria tudo igualzinho. Desde a concepção até os dias atuais, sempre estive presente: ao nascerem no hospital, nas consultas médicas, levando-os às escolas, indo em praticamente todas as reuniões pedagógicas, onde aprendi que não precisamos ensinar-lhes nada, pois estão nos observando sempre -- é a famosa educação silenciosa. E, também ao prestar vestibulares, viajamos muito juntos.
Ouço e reparo em várias situações opostas e fico entristecido e indignado. Recentemente, subindo a rua da Penha, onde aluguei um imóvel no início da minha profissão -- cirurgião-dentista --, um amigo me disse que saiu de casa, pois os filhos, já adultos -- apesar de contarem com a paternidade responsável --, e a esposa pediram para ele ir embora... e ele foi.
Da mesma forma, um outro colega, na rua Santa Clara, onde estou, há 20 anos ,atendendo meus clientes, em prédio próprio, me disse que os filhos não reconhecem o valor dos pais e contou o quanto se esforçaram -- ele e a esposa -- para lhes oferecer conforto, segurança e orientação adequadas.
No meu consultório, já ouvi um pai reclamar dos filhos e da esposa porque ele, o pai, estudou em escola pública, enquanto eles -- esposa e filhos -- estudaram em escola particular. Por isso, se consideram superiores.
É inadmissível tanta arrogância, tamanha falta de humildade destes filhos ao não reconhecerem que foi aquele pai quem viabilizou toda a formação deles -- que sempre conseguiram estudar sem financiamentos governamentais --, e também da esposa, ao não valorizar aquele marido que nunca a abandonou. E, hoje, desprezarem aquele que nunca os excluiu. É muito cruel, é muita indignação pais responsáveis ouvirem tamanha prepotência.
Mas, ainda bem que existe o oposto. Existem filhos que, de fato, por meio de atitudes, demonstram o reconhecimento por aquele pai guerreiro, trabalhador, digno e responsável.
É muito difícil imaginar que existam filhos/esposa que tratam pais/marido absolutamente presentes na formação deles, da mesma forma que são tratados pais que abandonam filhos desde o nascimento ou durante a formação. Chega a emocionar tamanho desprezo. Sim, excluem da família, pais que nunca os abandonaram.
Para finalizar, enfatizo para todos os pais, leitores deste conceituado jornal, que façam o melhor que puderem durante a formação de seus filhos, pois no futuro eles e sua mulher reconhecerão e jamais te abandonarão ou te excluirão. Ao contrário, te convidarão sempre para estar com eles, passeando, conversando ou comemorando aniversários e datas festivas.
LUIZ LIMA