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Do Leitor

Escapamentos de motos barulhentos continuam sendo problema em Sorocaba

02 de Fevereiro de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
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Sr. editor e equipe do jornal Cruzeiro do Sul,

Recebam, novamente, minhas congratulações pela enésima reportagem sobre a pandemia de poluição sonora que aflige nossa cidade. O jornal vem fazendo a sua parte, e muito bem! O mesmo não podemos dizer de autoridades, Prefeitura e Câmara Municipal, que deixam a desejar nesse aspecto e recebam nossa indignação.

Há muitos anos venho reclamando do barulho, especificamente a partir de 2017, quando estive na Secretaria de Meio Ambiente (Sema) e fui aconselhado, pela Ouvidoria-Geral do Município, a desistir dessa luta, “porque não teria sucesso”.

Não desisti e entreguei ao prefeito Manga, em 6/7/2022, na Quarta -- perdida -- com o Prefeito, uma pesquisa de reclamações dos moradores da rua Benedito Ferreira Telles - Jardim Simus --, sobre o barulho de motos. O relatório foi enviado ao jornal Cruzeiro do Sul em 13/7/22 -- e publicado na coluna Do Leitor -- e também a diversas autoridades, inclusive ao Ministério Público. Sabe o que aconteceu? Nada! Um empurrou para o outro, engavetaram ou jogaram no lixo.

Mas o barulho aumentou ainda mais.

Basta observar as principais ruas e avenidas da cidade. Na ra Benedito Ferreira Telles, por exemplo, nos picos de entregas, passam de cinco a sete motos por minuto. Até a criançada, com aquela “aberração” que não é bicicleta nem moto, aderiu ao escapamento adulterado.

A Lei Municipal nº 1.1367/16 prevê que a Prefeitura deveria fiscalizar através da Sema. A explicação é sempre a mesma: blitze e campanhas de conscientização, canal de pesquisa, blá, blá blá ...

Está muito claro que, se a Prefeitura quiser resolver esse problema essas blitze têm que ser ostensivas, se possível diárias, e não dar moleza para esses irresponsáveis. Não sei por qual razão, mas não faz.

Entendo que deve ter mudança na lei e tirar o poder de fiscalização da Sema.

Agora que os Vereadores já ajeitaram seus salários, deveriam estudar melhor essa lei, alterar o Artigo 18 e direcionar a fiscalização para quem realmente tem competência para resolver.

Concluo que a Ouvidoria-Geral do Município daquela época tinha razão. Desisto, por ora! Vamos esperar que nas próximas eleições os sorocabanos possam escolham pessoas que, efetivamente, estejam envolvidas com o bem estar dos cidadãos.

MARIVAL PAIS