Do Leitor
Voto gato por lebre

Os eleitores, brasileiros e brasileiras, já têm um compromisso marcado em 2 de outubro: as Eleições deste ano de 2022, onde cinco cargos estão em disputa: presidente da República, governador, senador, deputado federal, deputado estadual ou deputado distrital. E é o povo quem escolhe os seus representantes políticos. Por isso, o eleitor tem o dever de conhecer a função de cada cargo e na hora de escolher os candidatos ser prudente para separar o “joio do trigo”. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recomenda saber o que o candidato realmente pensa. O eleitor deve conhecer a carreira dele, assim como sua atuação profissional, seu histórico de vida, sua postura ética e sua conduta diante da sociedade. Se o discurso do candidato não condiz com sua atuação em outros momentos da vida, isso é um indício de que ele pode estar mentindo. Em seguida, é preciso analisar suas propostas, o partido ao qual está filiado e quem são seus correligionários. Além disso, é preciso ver se suas promessas são viáveis e compatíveis com o cargo que ele pretende ocupar. Promessas genéricas do tipo “vou criar milhares de empregos” são muito fáceis de fazer e obviamente são inviáveis de cumprir. Informação das mais importantes é saber quem são os financiadores do candidato, pois as pessoas e empresas que financiam as campanhas eleitorais têm interesses que nem sempre se coadunam com os interesses da coletividade. Democracia é o regime político em que a soberania é exercida pelo povo. Os cidadãos são os detentores do poder que confia parte desse poder ao Estado, para que possa organizar a sociedade. É comum o cidadão não politizado justificar o fato de não gostar de política e se abster de votar. Para o filósofo grego Aristóteles, “o homem é naturalmente um animal político” e “os agrupamentos irracionais ocorrem tão somente pelo instinto, pois, entre os animais, somente o homem possui a razão, tendo noções de bem e mal, justo e injusto”. Então não há como negar a nossa responsabilidade de votar, pois o que esta em jogo é o reflexo cotidiano e o futuro do Brasil.
MARIO NIERI