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Do Leitor

Sobre o editorial "Lacração Inquisitória"

06 de Novembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
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Perfeito o editorial “Lacração Inquisitória”. Ainda nos resta a esperança de pessoas que defendem o mais precioso bem dá humanidade: a LIBERDADE.

Diariamente estamos sendo bombardeados pelo cerceamento da nossa Liberdade, com atos de criminalização de quem tem opinião contrária ou como diz no jargão, não está alinhando com o “politicamente correto”. Obrigam a ter um padrão de pensamento. Aliás, isso é a maneira operante de países totalitários, que defendem a utopia da igualdade entre todos, inclusive na maneira de pensar.

O planeta Terra é habitado por diferentes, todos nós somos diferentes, não há sequer um ser igual ao outro. É utopia achar que um padrão seja determinado para toda a sociedade, isso é imposição e só ocorre pela força. Estamos nos afastando da democracia que respeita a opinião dos diferentes.

A opinião é segregada pela vontade, não pode ser descrita como interposição da vontade entre a inteligência e o objeto. A liberdade psicológica e voluntariosa, nascida no conflito com a objetividade, substitui a liberdade ontológica que tem raiz na adequação entre a inteligência e o ser.

Estamos chegando a tal ponto que as pessoas dotadas de verdadeiro conhecimento, e que poderiam contribuir com informações que escapem à opinião média, tendem a reprimir sua posição, com medo de, passar-se por excêntricas e o ato continuo por pedantes. Assim é que a espiral do silêncio avança sem resistências. Opiniões mal fundamentadas e autoindulgentes propagam-se, enquanto avaliações corretas acabam soterradas.

Elisabeth Noelle-Neumann, formuladora da Espiral do Silêncio. diz: “Hoje já é possível provar que, mesmo quando claramente que algo está errado, as pessoas mantêm-se em silêncio se a opinião pública (opiniões e comportamentos que podem ser exibidos em público sem medo do isolamento), e, portanto, o consenso sobre o que constitui o bom gosto e a opinião moralmente adequada, estiver contra elas.”

A liberdade é um bem supremo, até Cristo quando ensinou o Pai Nosso, menciona, “perdoai-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos os nossos devedores ...” Porque o Mestre disse isso? Porque a maioria eram agricultores e emprestavam dinheiro para a plantações e se a safra fosse tênue e pouco abundante, o devedor sem liquidar a dívida, na época se transformava em escravo do credor. E dessa forma perderia a Liberdade. Até para ganhar o reino do céu é preciso ter Liberdade.

Muito apropriado o editorial e que sirva de alerta e reflexão para que tenhamos consciência daquilo que estão nos tomando.

José Luiz Monteiro