O conhecimento que tenhamos obtido, através do estudo e do trabalho sobre uma determinada área da ciência, da técnica ou da arte nos dá segurança e firmeza sempre que precisamos resolver um problema ou executar uma tarefa ligada àquele campo específico. Isso nos capacita, inclusive, a sermos generosos em relação às demais pessoas, socorrendo e orientando aquelas que, menos experientes, se vejam compelidas a se aventurar por aquele terreno.

Ainda que saibamos muito de um determinado assunto precisamos nos manter alerta para não coroarmos a nós mesmos como reis da cocada preta, achando que, naquela matéria, nenhum avanço adicional pode ocorrer ou que os resultados que tenhamos obtido, em nosso melhor momento, no enfrentamento de alguma questão jamais será excedido por outros. Essa atitude injustificadamente pretenciosa pode nos trazer consequências amargas.

Ao dotar o ser humano de inteligência e capacidade de apreender a realidade e definir métodos cada vez melhores de lidar com ela, o Pai celestial não estabeleceu fronteiras nem trancou caminhos para a investigação científica, a reflexão filosófica, a criação artística ou o desenvolvimento tecnológico. Aquilo que uma geração define como insuperável pode ser e habitualmente é facilmente ultrapassado pela seguinte.

De um modo ou de outro, sempre pensamos dentro de alguma “caixa” e nos guiamos pelo conhecimento recebido dos nossos mestres. Os atrevidos saem da caixa e constatam que a Terra não é plana, nem constitui o centro do universo e jogam as fronteiras do saber para muito além do que os seus predecessores supunham possível.

Acolha a mudança, não rejeite a transferência das fronteiras do saber para pontos muito mais à frente daqueles que supunha impossíveis de serem superados e estará transformando o seu estudo e a sua pesquisa num belo hino de louvor a Deus, em quem se encerra toda sabedoria.

“Se alguém pensa que sabe alguma coisa, de fato ainda não sabe como deveria saber.”

1ª Carta aos Coríntios 8:2

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