Confira a coluna Reflexão, de Geraldo Bonadio
Sem ódio nem omissão
Infelizmente esse padrão ideal de coexistência acha-se, com frequência, exposto aos impactos decorrentes dos exageros de uns e da hipersensibilidade de outros, o que reclama consenso sobre a melhor maneira de se descascar o abacaxi.
Em nenhuma circunstância é admissível entregar o comando de nossas atitudes ao rancor. Tão pouco é aceitável fazer de conta que o erro não existiu, o direito não foi lesado e a consideração mútua não saiu machucada.
Quando você se descobrir às voltas com uma situação assim constrangedora, busque auxílio na Palavra. Ela o ajudará a definir uma trilha correta em meio à selva das paixões.
Quem se desviou do rumo deve ser exortado a retomá-lo, com firmeza e cordialidade. Importa, porém, fazê-lo sem gritos ou gestos ameaçadores, pois uma coisa e outra mais não fazem que aprofundar ressentimentos. Igualmente, há que se deixar claro que a correção é para valer e a mudança de atitude indispensável.
Confrontado por alguma situação desse tipo, tenha em mente que seu objetivo é o de recompor a harmonia sem destruir aquele que errou o tom ou o compasso.
Descarte a pose de xerife. Nada atrapalha tanto quanto valer-se da situação para mostrar quem manda no pedaço. Tampouco cerre os olhos fingindo não ver o dano a ser reparado. Isso equivaleria a incentivar a transgressão e destruir a coexistência. Busque, no Senhor, coragem e equilíbrio para reagir ao desafio na medida certa e promova a justiça sem se render ao ódio.
“Não tenhas ódio de teu irmão em teu coração; corrige lealmente teu próximo para não incorrer em pecado por causa dele.”
Levítico 19:17 Bíblia de Aparecida